A Conferência da Diáspora Africana nas Américas, que acontece na cidade de Salvador (BA) até este sábado (31), deverá ter, como uma das propostas finais, a criação de uma agência pan-africanista de desenvolvimento pela Organização Africana. União, tendo como sede a capital baiana.
A informação foi confirmada Agência Brasil do professor e pesquisador Richard Santos, pró-reitor de extensão e cultura da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). A ideologia pan-africanista defende a união dos povos daquele continente e dos seus descendentes em busca de direitos e contra o racismo.
“Na nossa mesa de trabalho, trabalhamos para finalizar a carta final da conferência. Os seus temas serão levados ao 9º Congresso Pan-Africano, no Togo, em Outubro. Entregaremos esta carta aos chefes de estado que estarão em Salvador para o encerramento oficial da conferência”, explica. Está marcada para este sábado uma reunião de chefes de Estado da União Africana e da diáspora.
Salvador como capital
Nesta sexta-feira (30), o debate abordou temas como reparação, reconstrução e memória, particularmente sobre como liderar a reaproximação da África no século 21 e onde ocorreu a diáspora de cidadãos daquele continente. “O Brasil é o principal país da diáspora fora da África, e Salvador como sua capital é um projeto de desenvolvimento, de aproximação, de relações multilaterais”, explicou o pesquisador.
O professor da UFSB considerou o debate “excelente” porque membros das mais variadas delegações, de pelo menos 50 países, focaram temas relacionados às necessidades das populações negras e africanas, e das populações afrodiaspóricas, numa perspectiva de “pensar o futuro” .
Reconstrução
Ainda nesta perspectiva do presente e do futuro, o investigador e activista Igor Prazeres, da Coordenação Nacional das Entidades Negras (Conen), defendeu a posição da conferência de reconstruir as relações pan-africanistas tanto naquele continente como com os países onde a diáspora de mulheres aconteceu. Américas e Caribe.
Prazeres entende que é preciso, nesse sentido, priorizar ações que garantam a educação, a cultura e a memória. “Uma prioridade é a educação para que possamos reconstruir relações ao longo da memória para que o nosso conhecimento esteja nas escolas e universidades para que possamos formar professores baseados na educação que agora possam trabalhar com este conceito mais amplo”.
O coordenador do Conen também defendeu a criação de uma instituição multilateral aproveitando a ocasião em que o Brasil está na presidência temporária do G-20. Portanto, ele entende que esta é uma oportunidade para defender enfaticamente as comunidades tradicionais, incluindo os povos quilombolas, as políticas para crianças e adolescentes, e discutir a atuação policial na guerra contra as drogas “que mais exterminam a nossa juventude”.
Ele entende que estes temas deverão ser discutidos no Congresso do Togo, em outubro. “Ainda existe uma visão do eurocentrismo como matriz de conhecimento. Essa visão eurocêntrica de que o Brasil vive uma democracia racial ainda não foi superada”, avalia.
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