A Defensoria Pública da União (DPU) constatou graves violações de direitos humanos de imigrantes detidos em área restrita do terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Em relatório divulgado nesta terça-feira (20), a DPU informa que, durante investigação no dia 15, foram encontrados cerca de 550 migrantes retidos no aeroporto. Segundo a Polícia Federal (PF), um migrante de Gana morreu no dia 8.
“Há repetidas situações de violações dos direitos humanos. Foram encontradas crianças, adolescentes, pessoas dormindo no chão e houve uma procura crescente por atendimento de saúde, com muitas pessoas apresentando sintomas semelhantes aos da gripe. A situação atual é muito agravada pelo frio. A DPU constatou que muitos não receberam cobertores e passaram a noite sem roupa”, diz o texto do documento da DPU.
A Defensoria Pública divulgou a foto de um cartaz feito à mão afixado no local onde os imigrantes estão detidos, com as seguintes instruções: “Não aceite anúncios [passageiros não admitidos] em lugar nenhum; não leve para comprar água ou café; não leve à farmácia; eles não saem de jeito nenhum. Atenciosamente, fiscalização”, diz o cartaz cadastrado pela DPU.
A Ouvidoria destacou que o tratamento dado aos imigrantes é inadequado e vai contra a legislação nacional e o dever do Brasil de tratar os imigrantes e potenciais requerentes de asilo com humanidade.
“O tempo de espera e as condições materiais em que os potenciais requerentes de asilo são inadmissíveis e ultrapassam qualquer padrão de razoabilidade, expondo um grande número de centenas de pessoas a condições degradantes, à falta de alimentação adequada, à falta de higiene e a riscos para a vida e a saúde, especialmente em em relação às crianças e às gestantes”, diz o relatório da DPU.
Em Dezembro de 2023, a Provedoria de Justiça já tinha constatado a retenção de 485 imigrantes no mesmo aeroporto, muitos deles em condições extremamente vulneráveis. Segundo a Defensoria Pública, mulheres grávidas, crianças e menores não acompanhados foram detidos, sem cuidados de saúde, sem acesso a alimentação e higiene adequada e em detenção indevida durante dias ou semanas.
“O cenário de dezembro de 2023 não foi um acontecimento único. Reitera-se a situação de retenção de pessoas não internadas em Guarulhos e a gravidade da situação vem crescendo após a pandemia de covid-19. A situação constitui grave violação dos direitos humanos, em desacordo com os compromissos internacionais do Brasil, especialmente a Convenção de 1951 relativa ao Estatuto dos Refugiados e a Lei 9.474/1997, que regulamenta o refúgio no Brasil”, diz o relatório.
Morte de imigrante
A Polícia Federal confirmou, em nota, que um imigrante, de nacionalidade ganense, que não estava internado na área restrita desde o último dia (8), por não possuir os documentos necessários para entrar no país, adoeceu”, afirmou. sendo atendido pela equipe médica e levado ao hospital público, onde faleceu em decorrência de infarto”.
A PF informou ainda que, desde o mês de julho, vem observando um aumento no fluxo de viajantes que chegam em trânsito internacional, mas deixam de prosseguir viagem e “optam por não retornar ao país de origem, não podendo entrar Brasil por falta de visto. Desta vez, a grande maioria acaba solicitando refúgio para entrar no Brasil, mesmo sem a documentação pertinente.”
A Polícia Federal informou que, só no mês de agosto (até o dia 19), foram feitos 765 pedidos de asilo, sendo 261 nos últimos três dias.
“Esse cenário resultou na presença de um grande número de viajantes impedidos de entrar no país, que no dia 19/08 era de 466 viajantes. A Polícia Federal destaca que vem buscando otimizar processos e trabalhar em parceria com outras instituições visando maior agilidade e observância aos direitos humanos dos viajantes.”
qual a melhor taxa de juros para emprestimo
desbloquear inss para emprestimo
empréstimo aposentado itaú
sim empréstimo contato
refinanciamento de empréstimo pessoal
siape mg
quitar emprestimo consignado caixa
quantos anos existe o whatsapp