Uma pesquisa realizada com mais de 3 mil professores de educação física em todo o país revelou problemas como a necessidade de melhorar a estrutura e a falta de materiais para as aulas. O estudo, realizado pela organização não governamental Instituto Penínsulaenvolveu profissionais de escolas públicas (86%) e privadas (13%), entre outubro e novembro de 2023.
Segundo a pesquisa, 94,7% dos professores indicaram que o espaço onde são ministradas as aulas de educação física precisa de melhorias. Entre os problemas destacados estão a má situação das quadras esportivas, a ausência de vestiários e a falta de materiais como bolas de futebol. handebolbasquete, vôlei e até futsal.
Quando questionados sobre quais estratégias adotam diante de problemas de infraestrutura, 51,9% afirmam que levam material próprio, 50,9% afirmam confeccionar seu próprio material, 16% recorrem a doações e 14,6% realizam apenas tarefas que não necessitam de material e 11,1% levam alunos fora do ambiente escolar.
Além disso, segundo a pesquisa, 79,8% dos professores relataram já ter adquirido materiais com dinheiro próprio em algum momento. Entre os materiais mais comuns adquiridos pelo próprio professor estão bolas de futsal (19,2%), vôlei (17%), bambolês (13,6%) e bolas de futebol handebol (11,2%).
“Isso significa que eles sentem que não têm ferramentas suficientes para realizar seu trabalho. Eles também sentem a necessidade de melhorar os espaços escolares para que possam ensinar. Ou seja, eles não têm espaço nem material para atuar como professores de educação física”, afirma Daniela Kimi, do Instituto Península, ONG que trabalha com formação de professores.
Assédio moral
Outro destaque da pesquisa é o fato de 76,1% dos professores já terem presenciado assédio moralisto é, intimidação sistemática, física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação, cometidos por alunos nas aulas de educação física.
A maioria dos casos de assédio moral envolve as habilidades técnicas de outros estudantes (79,7%), mas também foram registrados temas como aparência (54,6%), gênero (28,8%) e sexualidade (23%).
Entre os professores que já testemunharam assédio moral nas aulas, 21,4% disseram não estar preparados para lidar com a situação.
“A reflexão que trazemos é que o espaço da educação física é mais propício para que os alunos tenham essas atitudes. E os professores também nos trazem a necessidade de saber intervir nestas situações”, explica Daniela.
A pesquisa também questionou sobre as dificuldades em incluir as meninas nas aulas de educação física. Os que apontaram esse problema representaram 36,9% do total. “O curioso é que perguntamos ‘você gostaria de ter apoio para incluir meninas?’, mais de 60% [63,6%] eles dizem que sim. Então achamos que esse número de 37% é ainda maior”, destaca Daniela.
A Agência Brasil contatou o Sindicato Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), mas não obteve resposta.
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