Foi por volta de 2018 que o cineasta português Gabriel Abrantes ganhou destaque entre os cinéfilos. O motivo foi um filme independente que virou sensação naquele ano, Diamantino, que conta a história de um jogador de futebol caindo em desgraça. Seis anos depois, ele retorna com The Seed of Evil, um terror falado em inglês.
O novo longa de Abrantes traz todos os signos do cinema de terror moderno. Um casal (Brigette Lundy-Paine e Carloto Cotta) viaja para Portugal para encontrar a família perdida do menino. O irmão gêmeo é idêntico ao protagonista, enquanto o rosto da mãe está completamente esticado e a boca deformada pela cirurgia plástica. É um terror simples e direto.
“Quando eu era criança não tinha coragem de assistir esses filmes. Depois, quando decidi pelo terror, pesquisei bastante sobre clássicos do gênero”, conta Abrantes ao Estadão. A inspiração veio de obras como Frankenstein, Drácula de Bram Stoker, Suspiria e, principalmente, O Iluminado.
Segundo ele, todo o processo foi um aprendizado. “Trabalhar com o terror pela primeira vez foi um desafio, pois tive que aprender sua linguagem”, diz ele. “Mas me senti muito confortável. O terror tem um lado social, visceral e violento.”
O facto é que, ao vermos o novo A Semente do Mal, percebemos como Abrantes entra nesta história. Sim, há clichês de terror, além de excesso de jumpscares (sustos repentinos), mas também ousadia: o filme trata de assuntos tabus, sem medo de constranger. E o mal não vem das sombras, está aí, enraizado na família.
Além disso, o filme tem elementos cômicos. “Muitos dos filmes de terror que gosto têm humor, como Pânico e Um Pesadelo na Rua Elm. Mesmo em O Iluminado, quando Jack está gritando e quebrando a porta do banheiro, há um elemento quase ridículo na cena. mais disso.” absurdo de terror. Eu me senti em casa. E há muitos elementos de Diamantino que também estão em The Seed of Evil.”
‘O terror usa metáforas para abordar temas delicados’, diz diretor
Os temas que inspiram o diretor de A Semente do Mal, Gabriel Abrantes, já apareciam em Frankenstein, de Mary Shelley, de 1818, como questões sociais complexas. “Quando James Whale, que era gay, dirigiu o filme na década de 1930, ele transformou a história para abordar temas como a sexualidade enrustida. Às vezes, o terror usa metáforas para abordar questões delicadas. Além disso, o gênero permite explorar o humor, o grotesco e o que nos afeta emocionalmente é uma forma de lidar com os tabus da sociedade.”
Depois de fazer filmes tão opostos como Diamantino, sobre uma estrela do futebol mundial que de repente perde todo o seu talento, e A Semente do Mal, é difícil não tentar perceber o que move Abrantes. “Há sempre ansiedade e pressão para não falhar, para ser original. É normal que todos os artistas sintam isso. Trabalho de forma intuitiva e com liberdade. Fazer um filme de terror foi a minha escolha. Queria abraçar um género de puro entretenimento.”
No próximo trabalho, Abrantes voltará a mudar de rumo. “Estou preparando um longa-metragem baseado na minha infância”, diz. “Cresci em Washington, DC, embora a minha família seja portuguesa. Este filme de terror decorre na cidade onde cresci e envolve um serviço religioso numa igreja local. O novo projecto é uma comédia de acção ambientada nos EUA e reflecte a actualidade. questões políticas.”
Veja também
Machado de Assis
Adélia Prado ganha Prêmio Machado de Assis 2024; saber mais
televisão
‘Renascer’: Marcos Palmeira e Malu Mader revivem o romance após 8 anos da atriz afastada das novelas
caixa telefone emprestimo
itau emprestimo aposentado
o’que é refinanciamento de emprestimo
emprestimo com cartao de credito em salvador
financeiras empréstimo
crédito consignado taxas
emprestimo bradesco consignado
empréstimo para aposentado itau