Efrain Almeida, um dos mais celebrados escultores contemporâneos do país, morreu nesta segunda-feira (23), aos 60 anos, em decorrência de uma parada cardíaca em casa, no Rio de Janeiro. A morte do artista cearense foi confirmada por meio de amigos próximos.
Em sua carreira artística, iniciada em meados da década de 1980, tornou-se conhecido por suas pequenas obras inspiradas especialmente no imaginário popular do Nordeste brasileiro, onde viveu até os 12 anos.
Nascido em 1964, na pequena cidade de Boa Viagem, a cerca de 200km da capital Fortaleza (CE), Efrain deixou sua cidade natal ainda adolescente rumo à capital fluminense. Apesar da transferência geográfica, o artista continuou imerso em temas que cercam a região onde viveu quando criança.
Seu início como artista começou dez anos depois, em 1986, quando ingressou na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage. Pouco depois escolheu a madeira como principal matéria-prima para suas obras.
Sem possuir um grande estoque de obras, Efrain possuía diversas artes nas quais mostrava pássaros de diversos tipos. Encheu o chão cinzento de enormes armazéns — como o da Fortes D’Aloia & Gabriel, a sua galeria — com um bando de galos, uma espécie pequena, de cabeça ruiva, corpo branco e asas acinzentadas que se avistam em alguns outros recantos. . do país.
Entre suas obras também havia esculturas de corpos ou mãos e pés, algumas fazem referência a ex-votos usados em circunstâncias religiosas para pagar promessas (essas esculturas também foram influenciadas por sua criação em família católica).
Em algumas outras esculturas, Efrain Almeida representou-se: nu, olhando para baixo ou sentado.
— Fiz uma exposição em 1995 (“A Infância Perversa: fábulas sobre memória e tempo”, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Mam)) que foi a primeira mostra importante de Efrain em um museu. Ele trouxe aquela força da arte popular, dentro de uma sofisticação comprometida com movimentos experimentais, com certa objetividade e raciocínio, mas sem negar essa visão brasileira: dos ex-votos, dos apelos bíblicos — diz o curador Marcus Lontra.
— Efrain sai cedo, mas deixa uma obra que é uma definição muito interessante desta mudança de paradigma entre a arte popular e a arte erudita. É um caminho que, aparentemente, o mercado tem seguido. A obra do artista pode ser vista na exposição atualmente patente no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, Paraná.
O escultor deixa seu marido, o inglês David Irwin, com quem foi casado há uma década.
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