Lançada duas décadas depois do icônico filme “Cidade de Deus”, de 2002, a série “Cidade de Deus: A Luta Não Para”, disponível na Max e exibida na HBO, traz um desafio e expectativas imensas. O longa original, dirigido por Fernando Meirelles e Kátia Lund, tornou-se um marco não só no cinema brasileiro, mas também mundial, ao retratar de forma crua e impactante a realidade da vida nas favelas do Rio na década de 1980.
Agora, a série avança para 2004, trazendo de volta alguns personagens conhecidos, ao mesmo tempo que atualiza a trama com novas caras e dinâmicas ligadas ao crime organizado, como o crescimento das milícias. A série retoma a história de Buscapé, ou melhor, Wilson, interpretado por Alexandre Rodrigues, que se manteve fiel à essência do personagem.
Hoje é fotógrafo premiado de um grande jornal do Rio de Janeiro e atua como narrador dos episódios. Porém, o primeiro capítulo se arrasta um pouco, pois se concentra na introdução da nova galeria de personagens.
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A trama ganha força mesmo com a chegada da festa de 15 anos da filha de Curió (Marcos Palmeira), chefe do tráfico de drogas na comunidade, e com o retorno de Bradock (Thiago Martins), recém-libertado da prisão e disposto a se recuperar. o dinheiro. isso era seu.
Um dos maiores pontos fortes da série é a autenticidade em retratar a vida na favela. E, assim como o filme, é um espelho da realidade de muitos que vivem sob a pressão do crime, da luta pelo poder no tráfico de drogas e, agora, da ascensão das milícias. Tudo isso afeta diretamente a vida do cidadão comum, reforçando a crítica social que o filme já trazia.
O elenco é, sem dúvida, um dos destaques. Andréia Horta brilha como a manipuladora Jerusa, uma advogada astuta que mexe as peças do jogo para influenciar Bradock a enfrentar Curió. Sua química com Thiago Martins é evidente e, juntos, formam uma dupla fascinante.
Marcos Palmeira, por sua vez, impressiona como Curió, exibindo uma versatilidade que o distancia completamente de seus papéis de proprietário rural, nos remakes das novelas “Renascer” e “Pantanal”. Sua representação torna difícil não torcer por ele, mesmo sendo um cara mau.
Outro destaque é Luellem de Castro, que interpreta Leka, filha de Buscapé. Tentando se destacar como MC, ela enfrenta os estigmas de ser mulher, negra, comunitária e cantora de funk. A atriz já havia mostrado seu talento em produções como “Encantado’s” e “Falas Femininas”, e aqui, mais uma vez, entrega uma performance autêntica e um denso trabalho composicional.
Embora o primeiro episódio não tenha impacto imediato, é inegável que “Cidade de Deus: A Luta Não Para” tem muito potencial. À medida que a trama se desenrola, o roteiro parece ágil. As cenas refletem alguns dos desafios diários das favelas. E são destacadas as nuances das relações de poder em diferentes áreas – na segurança pública, na política, no crime organizado e na própria comunidade, por exemplo.
O texto e a direção não atingem a mesma profundidade do filme. Mas propõem reflexões interessantes e muito relevantes, principalmente às vésperas de eleições.
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