Zé Neto: entenda os problemas de saúde que fizeram o cantor ficar afastado das redes sociais

Zé Neto, 34 anos, da dupla com Cristiano, 36, voltou às redes sociais após uma pausa na carreira para tratar diagnósticos de depressão e síndrome do pânico agudo. “Decidi dar um tempo nas minhas redes sociais para me cuidar, me olhar mais e fazer o tratamento adequado. Graças a Deus tive uma melhora significativa. Minha cura com certeza está muito próxima de acontecer”, disse ele em um vídeo.

A depressão é uma condição crônica, complexa e multifatorial com alta prevalência na população. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 300 milhões de pessoas vivam com o transtorno. No Brasil, o Ministério da Saúde aponta que cerca de 15% dos brasileiros já receberam o diagnóstico.

É importante que pacientes com sintomas de depressão procurem ajuda imediatamente porque, se não tratada, a doença pode ser grave. Além disso, o acompanhamento médico poderá realizar o diagnóstico adequado e diferenciar o desânimo comum de uma condição que interfere na capacidade de trabalhar, dormir, estudar, alimentar-se e aproveitar a vida em geral.

Quais são os sinais do início da depressão?

Segundo o Ministério da Saúde, são sintomas de depressão:

Humor depressivo, sentimento de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa. Muitos estão mais apáticos do que tristes, relatando “sensação de falta de sentimento”;

Retardo motor, falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, raciocínio lento, falta de concentração, queixas de falta de memória, vontade e iniciativa;

Insônia ou sonolência;

Alterações no apetite, geralmente diminuídas, e em algumas formas de depressão pode ocorrer aumento do apetite, com maior interesse por carboidratos e doces;

Interesse sexual reduzido;

Dor e sintomas físicos difusos como mal-estar, cansaço, problemas digestivos, dor no peito, taquicardia, sudorese.

A doença ainda não é considerada curável, mas os pacientes podem atingir um estágio de remissão dos sintomas. O tratamento dependerá da gravidade do paciente e só deve ser realizado sob orientação médica. Pode envolver psicoterapia, como psicólogos, e intervenções farmacológicas, como antidepressivos.

Síndrome do pânico

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a síndrome do transtorno do pânico, também chamada de ansiedade paroxística episódica, é um transtorno psiquiátrico que afeta de 2% a 4% da população global. É caracterizada por ataques de ansiedade recorrentes e imprevisíveis (ataques de pânico).

Crises são episódios em que a pessoa vivencia um conjunto de sintomas ligados à ansiedade ao mesmo tempo e com maior intensidade. Eles acontecem com certa frequência em pessoas com transtorno de ansiedade não tratado e podem ser causados ​​por um evento estressante ou ocorrer de forma inesperada. Geralmente dura de 5 a 20 minutos, mas pode durar até algumas horas.

Quando acontecem de forma mais recorrente e inesperada, o especialista analisa se se trata de síndrome do pânico, e não de episódios secundários de ansiedade. A identificação do que é uma crise ocorre através do conjunto de sintomas vivenciados ao mesmo tempo em alta intensidade, sendo alguns deles:

Preocupações, tensões ou medos exagerados;

Sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer;

Preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho;

Falta de controle sobre pensamentos, imagens ou atitudes;

Medo depois de uma situação muito difícil;

Insônia;

Taquicardia (batimentos cardíacos acelerados);

Suor;

Tremores;

Ondas quentes ou frias;

Falta de ar.

As causas exatas da síndrome do pânico ainda não são conhecidas, mas o tratamento envolve o uso de medicamentos psiquiátricos, como antidepressivos e ansiolíticos; sessões de psicoterapia, com psicólogos ou psiquiatras, ou ambos juntos. Em caso de suspeita, é necessário procurar atendimento médico especializado, que avaliará o diagnóstico correto e indicará o melhor tratamento para o caso.