As primeiras resenhas do filme “Silvio” reforçam a ideia de que o mundo está dividido em dois tipos de pessoas.
Para alguns, apesar de alguns méritos, o filme se sairia mal em um hipotético “Freshman Show”. Para outros, apesar de errar, o filme traça um retrato revelador do empresário e apresentador de TV Silvio Santos, falecido no dia 17 de agosto, aos 93 anos.
A escalação de Rodrigo Faro para o papel-título também divide opiniões, contabilizando erros ou acertos, dependendo do crítico. O público poderá avaliar o resultado a partir desta quinta-feira (12), quando “Silvio” estreia em 576 salas de cinema de todo o Brasil.
Definida pelo diretor Marcelo Antunez como “ficção baseada em fatos”, a cinebiografia ancora sua ação no incrível dia 30 de agosto de 2001.
Nesta data, o apresentador foi feito refém na cozinha de sua casa em São Paulo sob a mira de uma arma de Fernando Dutra Pinto (Johnnas Oliva) —que acabara de sequestrar e libertar a “filha número quatro” do comunicador, Patrícia Abravanel (Polliana Aleixo).
Após oito horas de negociações, que contaram com a presença de Geraldo Alckmin, então governador de São Paulo e hoje vice-presidente do país, Fernando se rendeu. Em meio a esse verdadeiro cenário de crime, surgem flashbacks que narram a infância de Silvio como vendedor ambulante no centro do Rio até a fundação de sua emissora de TV, o SBT.
A seguir, fatos interessantes sobre o filme.
Bênção de Sílvio
Rodrigo Faro, 50 anos, apresentador que voltou a atuar depois de uma década e meia no que chama de seu “maior desafio profissional”, lamenta que Silvio não tenha conseguido ver o filme, rodado em 2022 e concluído este ano.
— Foi muito triste não poder mostrar a ele esse trabalho, fruto de muita dedicação, da equipe e minha. Queria prestar essa homenagem em vida. Só concordei em fazer esse papel porque ele me deu permissão — diz Faro em videochamada, lembrando que, entre tantas críticas sobre o filme, faltou uma. — Queria ouvir a opinião do Silvio. Ele sempre foi extremamente sincero, sabe? Quando gostava de alguma coisa, ele falava, e quando não gostava, deixava até para o perfume Jequiti (marca do Grupo Silvio Santos) que deveria divulgar no ar. (risada)
Voz do senhor
Desde a divulgação do trailer, a atuação de Rodrigo Faro gerou polêmica. Cenas dele como “o Sílvio do palco” chegam perto do que o público espera depois de décadas vendo o original e seus imitadores. Mas seu tom cai nas sequências da vida privada e com o sequestrador —a quem Silvio pede para ser chamado de Senor Abravanel, seu nome de batismo. Faro explica a diferença.
— Quando fui pedir permissão para fazer o papel, tive uma longa conversa com o Silvio na qual observei tudo. Percebi que, fora do palco, ele falava com a mesma pontuação, mas num tom bem mais baixo, sem aquela projeção, mais contido. Procurei esse Silvio da intimidade, o lado humano do ídolo — diz Faro, que foi consultado por Carlos Alberto de Nóbrega, famoso pelo programa “A praça é nossa” e amigo do empresário.
Transformação
As cenas em que Faro interpreta Silvio de 2001, aos 70 anos, exigiriam até três horas de caracterização. Em próteses de testa, bochecha e pescoço, além de cabelos. No material de divulgação do filme, ele conta que a face protética causava suor e às vezes saía, o que exigia “muitos retoques pós-produção”.
O sequestro de Patrícia
Como o filme foca no sequestro de Silvio, vale lembrar: no dia 21 de agosto de 2001, Patrícia Abravanel, então com 23 anos, já havia sido sequestrada na mansão da família. Mantida em cativeiro, ela foi libertada no dia 28 após pagar um resgate de R$ 500 mil. No dia 29, Silvio e a filha ainda deram entrevista coletiva na varanda da mansão. No dia 30, Fernando, que liderou o sequestro de Patrícia e fugia da polícia (o que dá boas cenas de ação), voltou à mansão e fez Silvio como refém.
Filha distante
Uma importante trama do filme gira em torno do relacionamento distante entre Silvio e sua filha Cintia, fruto de seu primeiro casamento, com Maria Aparecida Abravanel. “Fale para a Cintia que nunca fui um bom pai” é um recado que Silvio dá ao ver que a vida dela está em risco.
Em entrevista recente, a mãe do ator e cantor Tiago Abravanel revelou que só se aproximou do pai anos depois dos episódios relatados no filme, durante uma viagem dela e das cinco irmãs para visitá-lo em Orlando.
Outros canais
O sequestro de Silvio foi acompanhado ao vivo pelas emissoras de TV, que, no filme, têm seus nomes substituídos: a Globo é “Rede Orbis” e o SBT aparece como “TSA”, Televisão Senor Abranavel.
‘O Governador’
O ator Luciano Bortoluzzi aparece claramente caracterizado como Geraldo Alckmin, que governava São Paulo na época e foi à casa de Silvio para garantir a vida do sequestrador. Mas o político não tem nome: no filme, ele é apenas “governador”.
Piscou, perdeu
Personagens como Chico Anysio, Hebe Camargo e Carlos Imperial passam rapidamente pelo filme —este aqui, dando vida a Silvio na TV.
Fontes internas
Para reconstituir o sequestro, os roteiristas Anderson Almeida e Newton Cannito se basearam principalmente no relato dos policiais que conduziram a negociação e em entrevistas com o sequestrador, Fernando Dutra Pinto.
Morte polêmica
Fernando morreu em dezembro de 2001, na prisão. A causa oficial, citada no filme, foi uma infecção pulmonar. Mas um relatório independente diz que Fernando sofreu negligência médica depois de ter sido espancado por agentes penitenciários.
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