O que seria da arte de cavalo–marinho sem o Mestre Biu? Um dos maiores apoiantes desta manifestação em Pernambucanoganhou um longa-metragem para contar sua história: ”Mestre Biu, Estrela Dourada”. A exibição inédita do documentário acontece no Teatro Luiz Mendonçaem Parque Dona Lindunesta quinta-feira (12), às 19h.
O projeto itinerante já percorreu seis cidades pernambucanas, concluindo a travessia em Recife, gratuitamente, com distribuição de ingressos ao público uma hora antes do início da sessão. Além disso, o diretor e roteirista argentino Gualberto Ferrari estará presente no evento para um bate-papo sobre seu filme ”Mestre Biu, Estrela de Ouro”.
Projeto itinerante
As cidades de Condado, Petrolina, Garanhuns, Caruaru, Nazaré da Mata e Vitória de Santo Antão já receberam o projeto que homenageia os dois anos da morte de Mestre Biu, fundador da Cavalo-Marinho Estrela de Ouro, que é um patrimônio vivo de Pernambuco.
Produzido e filmado na Zona da Mata Norte, Agreste e Sertão pernambucano, além de Igarassu e Olinda, sem financiamento público ou privado, o filme tem como roteirista e diretor o argentino Gualberto Ferrari, em parceria com Elisa Toledo Todd, co- escritor, e Ricardo Pompili, diretor de fotografia.
Enredo de ”Mestre Biu, Estrela Dourada”
A história gira em torno de uma família pobre, que luta para sobreviver através da arte, mostrando seus conflitos internos e que, graças ao amor pela cultura popular, aprendido desde o nascimento, consegue se manter unida. Apesar de enfrentar uma realidade social difícil, o filme transmite a mensagem universal de como a cultura popular salva as famílias da destruição e da implosão social.
”Mestre Biu, Estrela de Ouro”, expõe a beleza do cavalo-marinho, mas não se limita a captar apenas a caça, mesmo com o registro de algumas belas performances. Acima de tudo, o filme se caracteriza por ser dramático e narrativo, abordando a realidade histórico-social, com personagens característicos da família tradicional e com paisagens intensas da terra pernambucana, principalmente da região da Mata Norte.
O filme também conta as histórias dos engenhos de cana-de-açúcar onde nasceu Cavalo-Marinho, a partir da perspectiva e da vida de uma família em um road movie visual, poético e profundamente pernambucano.
O filme também retrata a questão da mulher na sociedade e na família tradicional em relação à participação criativa na cultura popular. E esse conflito é levado ao Mestre Biu que, além de líder do grupo, é também o avô e a autoridade patriarcal da família.
Numa sequência emocionante, suas filhas se questionam sobre esse universo machista dominado por homens, levando o espectador a refletir sobre o tema.
Por fim, outro aspecto importante é a transmissão da arte e da cultura no seio da família, de uma geração para outra. E talvez seja este o segredo que faz com que o Cavalo Marinho Estrela Dourada continue a encantar e a manter viva uma forte tradição da nossa cultura popular.
Gualberto Ferrari
Gualberto Ferrari é argentino e mora entre Paris e Valência. Ele tem um relacionamento de longa data com Pernambuco. Em 2006, descobriu essa “manifestação popular única na América”, em suas próprias palavras, e decidiu que a história do Cavalo-Marinho Estrela de Ouro, da família envolvida no grupo e do Mestre Biu Alexandre merecia um longa-metragem, devido à sua riqueza e tradição que perdura de geração em geração. E foi assim que nasceu o documentário “Mestre Biu, Estrela de Ouro”.
Mestre Biu Alexandre e Cavalo-Marinho Estrela de Ouro
Mestre Biu Alexandre foi uma figura de extrema importância para o cavalo marinho, sendo reconhecido como um dos grandes Mestres desta manifestação cultural. Sua contribuição foi fundamental para a preservação e divulgação do cavalo-marinho em Pernambuco e além das fronteiras do Estado.
Biu Alexandre aprendeu a brincar de cavalo-marinho ainda criança, aos 12 anos, junto com seu pai e em 1979 fundou o grupo Cavalo-Marinho Estrela de Ouro, liderando seu próprio grupo de jogadores e contribuindo ativamente para a transmissão de conhecimento e tradições desta manifestação.
Mestre Biu Alexandre faleceu em julho de 2022 e seu legado é significativo, sendo seu trabalho reconhecido como uma importante contribuição para a preservação e valorização do cavalo-marinho. A sua memória continua viva e a sua influência perdura nos grupos de jogadores e nas gerações atuais e futuras.
Após a morte de Mestre Biu, seus filhos e netos assumiram a liderança do Cavalo-Marinho Estrela de Ouro, que em 2024 completou 45 anos de existência e desde 2018 é Patrimônio Vivo de Pernambuco. Dessa forma, mantém-se viva a tradição desta importante manifestação cultural, baseada na arte e nos ensinamentos deixados pelo Mestre Biu.
SERVIÇO:
Exibição do documentário “Mestre Biu, Estrela de Ouro”
Quando: 12 de setembro, às 19h
Onde: Teatro Luiz Mendonça – Parque Dona Lindu
Entrada gratuita com bilhetes distribuídos uma hora antes da sessão
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