Globoplay aposta em interesse por novelas antigas

Chocolate com Pimenta, clássico de Walcyr Carrasco que foi ao ar originalmente às 18h na Globo, é a novela mais comentada do Projeto Resgate da Globoplay.

A novela conta a história de Ana Francisca, uma menina pobre interpretada por Mariana Ximenes, que se apaixona por Danilo, o bonitão da cidade interpretado por Murilo Benício. Ela é abandonada por ele e vira piada na cidade. Já grávida, ela se casa com Ludovico, o gentil dono de uma fábrica de chocolates.

Chocolate com Pimenta faz sucesso desde sua primeira exibição, em 2003, e obteve bons números de audiência sempre que foi reprisado – duas delas no Vale a Pena Ver de Novo e uma terceira na faixa especial da Globo após o Jornal Hoje. No primeiro semestre de 2024, registou-se um aumento de 25% no consumo de construção quando comparado com o segundo semestre do ano passado.

Em 2024, o Projeto Resgate completa quatro anos oferecendo, na íntegra, novelas, séries e minisséries do acervo da Globo. Até junho, foram publicados 100 trabalhos.

“Era um projeto antigo que a pandemia acabou acelerando”, comenta Flavio Furtado, gerente de programação do Globoplay.

“Olhamos para o acervo e sabíamos da sua importância e havia uma demanda do público, dos fãs de novela”.

O projeto inclui uma novela a cada 15 dias. Quem tem assinatura da plataforma pode ver tanto novelas exibidas mais recentemente, na década de 2010, quanto produções da década de 1970, como Dancin’ Days (Gilberto Braga, 1978) e a primeira versão de Anjo Mau (Cassiano Gabus Mendes, 1976).

Estreias

As novelas do projeto representaram 25% do consumo de produções desse tipo na plataforma. Em agosto, a plataforma estreia em seu catálogo Pecado Rasgado (1978), de Silvio de Abreu, e Ciranda de Pedra (2008), de Alcides Nogueira, livremente inspirado no livro de Lygia Fagundes Telles.

Mas nem todas as novelas exibidas estarão na plataforma. Tudo começa com quais estão completos. “Primeiro vemos se esses conteúdos estão completos, depois temos que passar pelos trâmites legais”, diz Furtado.

Para produções incompletas, cujo material foi perdido ao longo dos anos, a plataforma criou também o projeto Fragmentos, para novelas que tinham menos de 20 capítulos disponíveis.

“Depois, há todo um processo de adaptação desse material, digitalização, passando pelo controle de qualidade”, explica Furtado. Segundo ele, a proposta é ter sempre um equilíbrio entre décadas, autores, grandes sucessos e outros que não são tão grandes.

“A ideia é trazer tudo o que já foi exibido pela Globo e que está completo no acervo de novelas”, informa.

Além disso, existe o termômetro das redes sociais, já que os usuários estão sempre pedindo produções em comentários nos perfis da empresa.