A aeronave projeta água pela porta lateral da fuselagem, permitindo que o interior da aeronave seja pressurizado
A aeronave KC-390 Millennium, da Força Aérea Brasileira (FAB), considerada o cargueiro multimissão mais rápido e moderno do mundo, será utilizada no combate aos incêndios no Pantanal.
O avião tem capacidade para liberar 12 mil litros de água por vez, quatro vezes mais que o avião trator aéreo, pertencente ao governo do Estado. Projeta água pela porta lateral da fuselagem, mantendo o interior da aeronave pressurizado.
Recentemente, a aeronave brasileira foi utilizada em incêndios florestais na Colômbia.
A aeronave partiu da Base Aérea de Anápolis (GO) e pousou no Aeroporto de Corumbá (MS), na manhã desta sexta-feira (28), com 19 tripulantes da FAB a bordo.
O cargueiro possui sistema modular de combate a incêndio aerotransportado (MAFFS II, sigla em inglês para Modular Airborne Fire Fighting System).
As principais características do sistema MAFFS II são baixo custo de manutenção, rápida configuração e flexibilidade multimissão, podendo ser utilizado no combate a incêndios, derramamentos de produtos químicos e contaminação nuclear, radiológica e biológica.
Segundo o secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública do MS, Antônio Carlos Videira, o apoio do KC-390 é essencial no combate a incêndios.
“Esse apoio aéreo é muito importante e fundamental, porque poderemos liberar grandes quantidades de água em áreas de difícil acesso. Temos hoje alguns incêndios que são impossíveis de alcançar com brigadistas e bombeiros militares”, afirmou o secretário. .
O KC-390 pode transportar 80 soldados totalmente equipados, 66 pára-quedistas ou 74 macas em configuração de evacuação aeromédica. A capacidade máxima de carga é de 26 toneladas. A aeronave já foi adquirida por Hungria, Portugal e Coreia do Sul.
Avião de carga dentro. Foto: Bruno ChavesPANTANAL EM CHAMAS
Grandes incêndios atingem o Pantanal de Mato Grosso do Sul desde 1º de junho de 2024.
Os incêndios transformaram paisagens verdes e vivas em paisagens cinzentas e mortas. O fogo destrói florestas, áreas verdes, vegetação, florestas, biodiversidade e espécies nativas (fauna e flora) do Pantanal.
Dados Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (Lasa)do departamento de meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apontam que 405.425 hectares foram consumidos pelo fogo, entre 1º e 28 de junho de 2024.
De 1º de janeiro a 26 de junho deste ano, 688.125 hectares foram devastados pelo fogo, o equivalente a uma área de 4,56% do bioma.
O Pantanal sul-mato-grossense teve o pior incêndio florestal da história em 2020, quando 1.580.000 hectares foram devastados pelo fogo de janeiro a dezembro.
De janeiro a junho de 2020, 245.950 hectares foram destruídos pelo fogo. No mesmo período de 2024, eram 405.425 hectares.
Portanto, isso significa que o incêndio no primeiro semestre de 2024 é pior do que no mesmo período de 2020.
Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Polícia Militar Ambiental (PMA), Exército Brasileiro, Marinha do Brasil, Força Nacional, Sistema Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Homem Pantaneiro (IHP), SOS Pantanal e brigadas voluntárias tentam controlar o fogo no Pantanal Sul-Mato Grosso.
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