Anatel encerra blitz para verificar qualidade do 5G na Capital

Em resposta aos apelos de assistência dos Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), os Ministros das Finanças e da Saúde do G20 divulgaram uma declaração sobre o surto de Mpox e a necessidade de acções conjuntas para combater o doença.

“Nós, em estreita coordenação com o África CDC e a OMS, estamos empenhados em proteger a saúde e a vida da população africana e em prevenir a propagação da Mpox. Estamos particularmente preocupados com o impacto significativo já causado por este surto, especialmente nas crianças (60% dos casos) e nas pessoas que vivem com VIH/SIDA, que enfrentam os piores resultados”, apontaram os ministros no comunicado.

O documento divulgado nesta sexta-feira (27) também destaca a influência que o G20 pode exercer para a realização de ações concretas. “Estamos convencidos de que o papel de liderança do G20 na coordenação económica internacional, particularmente na promoção de acções colectivas e na avaliação e abordagem de emergências sanitárias com impacto transfronteiriço, pode fornecer acções concretas para complementar os papéis de coordenação central desempenhados pela OMS e pelo CDC de África. na resposta a esta emergência de saúde pública. Neste sentido, a JFHTF pode aproveitar o conhecimento e a experiência acumulada para contribuir na resposta à Mpox”, indicam no documento.

Medições

Entre as medidas propostas na declaração, os ministros indicaram o apoio aos esforços coordenados da OMS e do África CDC, em combinação com os governos africanos, para responder ao surto de Mpox; além de apoiar a OMS e o Banco Mundial na criação e divulgação de um rastreador de financiamento global para a resposta à doença.

Além disso, pretendem a avaliação do impacto económico dos países mais afectados pela Mpox através da aplicação do Quadro de Vulnerabilidades e Riscos Pandémicos para a Saúde, Social e Económico (FEVR); e identificar e partilhar activamente os resultados de lacunas e necessidades de financiamento específicas na resposta às doenças, comparando as necessidades estimadas pela OMS e pelo CDC de África com os compromissos de financiamento existentes.

Por último, propuseram a definição dos passos necessários para aceder aos recursos financeiros existentes.

Na opinião do Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, a publicação da declaração mostra a prioridade geral da presidência brasileira do G20, que é o combate às desigualdades:

“É particularmente importante que estejamos ao lado dos nossos irmãos e irmãs africanos durante estes tempos difíceis, bem como mostremos que as ações do G20 estão em sintonia com os desafios humanos imediatos.”

Pandemia
A declaração é o resultado de lições aprendidas na luta contra a pandemia da Covid-19 que permitiram a criação de novos quadros institucionais, incluindo o Grupo de Trabalho Conjunto para Finanças e Saúde do G20 (JFHTF).

“Como plataforma dedicada à coordenação de prevenção, preparação e resposta (PPR) a pandemias, a JFHTF está numa posição única para oferecer apoio complementar aos esforços contínuos liderados pelo África CDC”, informa o texto publicado no site do G20 Brasil 2024.

O documento destacou ainda que os relatórios técnicos serão revisados ​​pelos ministros na Reunião Ministerial Conjunta de Finanças e Saúde, que acontecerá no dia 31 de outubro, no Rio de Janeiro.

A embaixadora e coordenadora do G20 Finance Track, Tatiana Rosito, destacou que “a declaração fornece o mandato para o G20 entregar resultados concretos, reafirmando a sua relevância e capacidade de resposta às crises globais”.

MPox
Causada pelo vírus da varíola dos macacos, a doença pode se espalhar entre as pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para as pessoas através de objetos e superfícies que foram tocados por um paciente infectado. Nas regiões onde o vírus está presente entre animais silvestres, a doença também pode ser transmitida a humanos que tenham contato com animais infectados.

*Informações da Agência Brasil