A BR-163 possui apenas 21 dos 89 dispositivos de controle de velocidade em funcionamento, mesmo com a população exigindo mais segurança na rodovia e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) tendo elaborado minuta de contrato para instalação de 38 novos radares e redutores de velocidade . Se o município discute a reinstalação de 38 equipamentos, em outro processo na ANTT sobre segurança viária na BR-163, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontou que, dos 89 radares da rodovia, apenas 21 estavam em funcionamento . Os dados referem-se a abril. “Dos equipamentos inativos, 16 possuem certificado e estudo técnico, que é de responsabilidade da concessionária [CCR MSVia]expirado”, consta no documento. Em ofício assinado por Fernando Gonçalves Neiva, Coordenador de Processamento de Infrações Substitutivas da PRF, e por Jeferson Almeida Moraes, Coordenador Geral de Segurança Viária da PRF, afirma-se que, “conforme demonstrado acima [há várias tabelas no documento indicando os equipamentos desativados em diversas rodovias concedidas]a quantidade de equipamentos de medição de velocidade instalados nos trechos de concessão é preocupante, dificultando a efetiva fiscalização, além de causar descrédito à instituição com usuários infratores que não recebem as devidas notificações”. Visando aumentar a eficácia da fiscalização, os coordenadores da PRF sugeriram alinhar o assunto com a ANTT, para juntos definirmos meios que possibilitem melhor aproveitamento dos equipamentos instalados nos trechos onde foram constatados problemas. Porém, embora existam estudos, minutas de contratos e demandas da população, a ANTT avalia que a definição só deverá ocorrer depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) definir os rumos para a renegociação do contrato de concessão com a CCR MSVia – isso segundo André Roriz de Castro Barbo, chefe do Departamento de Gestão e Fiscalização Econômico-Financeira Rodoviária (Gegef) da ANTT. Em seu despacho, Barbo afirma que “é importante destacar que o contrato da concessionária MSVia está em fase de relicitação e que, ao mesmo tempo, está sendo analisada uma possível renegociação no âmbito da Secretaria de Controle Externo de Consensuais Solução e Prevenção de Conflitos [Secex Consenso]vinculado ao TCU. Nesse sentido, sugerimos que seja aguardada a decisão do plenário do TCU quanto à aprovação da proposta de renegociação do contrato da MSVia, para que somente após essa definição possamos avançar ou não”. O gestor da ANTT reforça que, “considerando o processo de renegociação do contrato de concessão da MSVia atualmente em curso, Gegef e Surod [Superintendência de Infraestrutura Rodoviária da ANTT] propor que se aguarde a publicação do acórdão com a análise final do TCU, para que, posteriormente, possa ser avaliada a relevância de prosseguir com a análise da revisão extraordinária e em que condições poderá ser avaliada”. NOVOS EQUIPAMENTOS Os 38 novos equipamentos mencionados acima aguardam parecer do TCU sobre a renegociação da concessão e assinatura de documento com os novos compromissos da CCR MSVia. Isso só deverá ocorrer em 2025. Os 38 equipamentos foram desativados no dia 31 de janeiro. A autoridade federal estima o valor necessário para recolocá-los em operação em quase R$ 5,619 milhões por ano. Após a desativação dos controladores de velocidade, a ANTT abriu processo para estudar reinstalação dois meses após o término do contrato anterior. Neste estudo, após análise técnica, foi apresentado parecer em que o coordenador de Gestão de Investimentos Propostos, Luciano Esteve Ferreira de Assis, e o gerente de Gestão de Investimentos Rodoviários, Fernando de Freitas Bezerra, manifestaram seu apoio à “deferimento do pedido e à viabilidade técnica e contratual da proposta de inclusão de controladores de velocidade apresentada pela concessionária”. O levantamento aponta ainda a necessidade de instalação de novos equipamentos, o que foi reforçado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, Pedro Paulo Grubits Gonçalves de Oliveira, que enviou ofício solicitando informações sobre o que estava sendo feito para garantir a segurança viária. O Ministério Público Federal (MPF) apresentou o documento, após ser questionado por usuários das rodovias que denunciaram, em julho, a desativação dos controladores de velocidade. Após essas etapas, no mesmo mês foi redigida uma minuta de contrato para a reinstalação dos controladores. No documento, consta que “os novos equipamentos substituirão os controladores de velocidade existentes, que antes estavam sob responsabilidade do Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes] e que passou a ser de responsabilidade da concessionária durante a 4ª Revisão Ordinária e a 6ª Revisão Extraordinária”. “Faz parte do escopo de cada unidade de controle de velocidade incluir equipamentos que cubram as faixas da rodovia, 24 horas por dia, coletando, armazenando e processando dados volumétricos, de classificação e de velocidade de todos os veículos que passam. e registrar imagens de veículos em alta velocidade”, diz trecho. Nesta minuta foi apresentado que o impacto econômico-financeiro da inclusão de novos investimentos e seus custos administrativos anuais “totalizam o valor global de R$ 2.954.437,42, aos preços iniciais do contrato de concessão, data base de maio de 2012”. SAIBA: O parecer técnico apontou, porém, que o custo anual do ano passado seria orçado em R$ 5,619 milhões, sendo R$ 5,422 milhões em custos operacionais e R$ 196 mil em custos administrativos. Radares Dos equipamentos inativos, 16 estão com certificados e estudos técnicos vencidos, em: São Gabriel do Oeste: Dois trechos (ambos os lados da rodovia). Almofada: Em um ponto (ambos os lados da rodovia). Dourados: Um trecho (lado crescente). Campo Grande: Um trecho (lado descendente). Jaraguari: Dois trechos (ambos os lados da rodovia). Bandeirantes: Dois trechos (ambos os lados da rodovia). Outros 37 equipamentos possuem certificados vencidos do Inmetro e estão localizados em: Coxim: Três trechos (ambos os lados da rodovia). Campo Grande: Três trechos (ambos os lados da rodovia). São Gabriel do Oeste: Dois trechos (ambos os lados da rodovia). Rio Verde de Mato Grosso: Um trecho (ambos os lados da rodovia). Mundo Novo: Três trechos (ambos os lados da rodovia). Dourados: Um trecho (ambos os lados da rodovia). Douradina: Um trecho (ambos os lados da rodovia). Rio Brilhante: Dois trechos (ambos os lados da rodovia). Sidrolândia: Um trecho (ambos os lados da rodovia). Bandeirantes: Um trecho (ambos os lados da rodovia). Caarapó: Um trecho (ambos os lados da rodovia). Assine o Correio do Estado @@NOTICIAS_RELACIONADAS@@
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