Índice de Qualidade do Ar (IQAr) é 77, considerado ‘moderado’; Com a melhora, o céu voltou a ficar parcialmente azul
Dados da Estação de Monitoramento da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (EMQAr – UFMS) indicam que o Índice de Qualidade do Ar (IQAr) melhorou e está em 77, considerado ‘moderado’, nesta sexta-feira (27), em Campo Grande.
Isto significa que existem 77 microgramas de poluição por metro cúbico no ar. Com a melhora, o céu voltou a ficar parcialmente azul na Capital.
Ontem (26), o cenário era bem diferente do que é hoje (27): o IQar estava em 162 nesta quinta (26)considerado ‘muito ruim’.
Essa foi a pior qualidade do ar da história da Capital, desde que os números começaram a ser monitorados, em 2021.
Frente friaque afeta Mato Grosso do Sul, é responsável por levar grande parte da nuvem de fumaça. Isso porque os ventos levaram a fumaça para o estado de Goiás.
Uma frente fria trouxe chuva, refresco e alívio do calor. Os municípios que registraram chuva nas últimas 48 horas foram:
Não choveu em Campo Grande. Mesmo com a chegada da frente fria, a poluição permanece na Capital.
Segundo Widinei Alves Fernandes, doutor em Geofísica Espacial e membro do Laboratório de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), o IQAr ideal é 10.
Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), existem cinco classificações possíveis para indicar a qualidade do ar:
- 0 a 40: Bom
- 41 a 80: Moderado
- 81 a 120: Ruim
- 121 a 200: Muito ruim
- Acima de 200: Terrível
Segundo o doutor em Geofísica Espacial, a nuvem de fumaça veio do Amazonas, Mato Grosso e Bolívia, ficou momentaneamente em Mato Grosso do Sul e, nesta sexta-feira (27), segue para Goiás.
“Recebemos essa fumaça que veio da região amazônica, do Mato Grosso e da Bolívia. E isso se deve à entrada da frente fria que provocou uma mudança na direção dos ventos. À medida que se deslocava, essa pluma começou a permanecer mais sobre o Mato Grosso do Sul e chegou também a Campo Grande. Portanto, esta pluma, uma pluma mais densa e constante, piorou significativamente a qualidade do ar. Essa frente fria causou esse movimento e vai continuar empurrando esse corredor, então vai se deslocar para Goiás e a fumaça vai embora daqui”, explicou Widinei Alves.
A qualidade do ar melhorou e permanecerá razoável nesta sexta (27) e sábado (28), mas voltará a piorar a partir de domingo (29).
FUMAÇA
Mato Grosso do Sul está com céu coberto de fumaça há vários dias consecutivos. Nesta sexta-feira (27), a qualidade do ar melhorou, mas ainda há poluição no céu.
A fuligem vem de queimadas no Pantanal, Amazônia, São Paulo, Goiás, Bolívia, Mato Grosso e outros estados brasileiros que estão literalmente “pegando fogo”.
O tempo parece nublado, mas na verdade é fumaça e fuligem dispersas no ar, deixando o horizonte cinza e com pouca visibilidade.
Em Campo Grande, o sol fica avermelhado por conta da fuligem dispersa no ar.
A fumaça é a suspensão de produtos resultantes da combustão na atmosfera. Pode ser tóxico quando inalado. Resulta de incêndios, fogueiras, brasas, motores a gasolina e diesel.
A névoa seca é formada quando o vapor de água se condensa em combinação com poeira, fumaça e outros poluentes, o que confere ao ar uma aparência acinzentada.
O meteorologista Natálio Abrahão afirmou que o fenômeno responsável por movimentar a fumaça por longas distâncias é o vento.
“São fluxos de vento que têm origem na região amazônica, e esse fluxo de vento agrega esses fatores lá. Se ventar durante toda a manhã, os ventos podem levar a fumaça de 100 a 150 quilômetros em apenas uma manhã”, explicou Abrahão.
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