Peritos de MS aderem paralisação das atividades junto aos Policiais Civis

O governo federal divulgou, na tarde desta quinta-feira (19), o valor de R$ 514 milhões para combate a incêndios florestais na Amazônia, Cerrado e Pantanal. O texto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União nesta quarta-feira (18)faz parte de medidas coordenadas para enfrentar a emergência climática que vem afetando diversas regiões do país.

Desse total, aproximadamente R$ 154,75 milhões serão destinados às Forças Armadas para operações na Amazônia Legal. Outros R$ 130 milhões serão repassados ​​ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional para ações de defesa e proteção civil, além de gestão de riscos e desastres. A medida provisória destina R$ 114,35 milhões ao Ministério do Meio Ambiente para ações de proteção e restauração da biodiversidade, além de combate ao desmatamento e às queimadas.

Crise climática

O país enfrenta há meses uma das piores secas de sua história. As chamas localizadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul, na Amazônia, na região de Rondônia e no cerrado, próximo a Brasília, especificamente no Parque Nacional de Brasília, geraram críticas da imprensa pela demora do governo federal em tomar medidas para combater o fogo.

O cenário piorou ainda mais com a falta de chuvas em Brasília (DF), que já dura mais de 110 dias, gerando pânico entre os moradores.

No Mato Grosso do Sul, há menos de 15 dias, enfrentamos uma situação semelhante, com incêndios florestais no Pantanal e um ar insalubre que dificultou a vida dos sul-mato-grossenses.

A fumaça das queimadas na Amazônia, no Cerrado, na Mata Atlântica e em outras regiões atingiu quase 75% das cidades brasileiras, de norte a sul do país.

O caso teve repercussão internacional. Por isso, no início desta semana, mais de R$ 38,6 milhões foram destinados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para financiar as forças de segurança dos estados e do Distrito Federal em operações de proteção de biomas, incluindo combate a incêndios em situações extremas.

O valor corresponde a um aumento de mais de 400% em relação a 2022, quando foram pagos R$ 9,4 milhões. No total, incluindo o último efetivo enviado, são 312 bombeiros da Força Nacional atuando em 22 municípios da Amazônia Legal e no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Aproximadamente 20 municípios dos estados do Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Acre e Mato Grosso do Sul receberam bombeiros do Corpo de Bombeiros, além de veículos e equipamentos especializados para o combate às chamas.

Contratação de bombeiros

Apesar do clima mais ameno em Mato Grosso do Sul, a tendência é piorar ainda mais até o final da semana, com a volta do calor e das poucas chuvas que não molharam o solo, como esperavam os meteorologistas.

Devido ao risco de mais incêndios, o número de bombeiros do Ibama chegou a 2.255, dos quais 1.116 eram indígenas. Estima-se que aproximadamente 18% dos brigadistas sejam quilombolas ou oriundos de regiões rurais, incluindo pessoas oriundas de áreas de reforma agrária e que tenham conhecimento de regiões florestais. O total de brigadistas contratados pelo Ibama e ICMBio é de 3.245.

Segundo o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, o número recorde de brigadistas também atua em áreas de responsabilidade dos governos estaduais e municipais.

“Em muitos estados estamos trabalhando em conjunto com os bombeiros do governo local, que têm um efetivo muito maior. Uma ‘estrutura de guerra’ foi mobilizada nos últimos dias”.

Aeronaves e embarcações

Neste combate às severas condições climáticas, no início desta semana, o Ministério do Meio Ambiente enviou 30 aeronaves do Governo Federal para regiões de fortes incêndios. Esse total inclui nove aviões e 15 helicópteros do Ibama e do ICMBio, além de dois aviões e quatro helicópteros das Forças Armadas. No Pantanal, 39 embarcações governamentais atuam no bioma: 33 das Forças Armadas, cinco do Ibama e ICMBio e uma da Polícia Federal.

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