Oficial de Segurança Pública diz que organizações criminosas visam plantações de maconha na fronteira entre Brasil e Paraguai para “transferir” essa produção “de aldeia em aldeia” para grandes centros
Após o registro de morte de um indígena, em confronto com a polícia na madrugada de hoje (18)no território Nanderu Marangatu, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul convocou uma sala de situação onde o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, culpou “índios paraguaios a serviço do tráfico de drogas” pela intensificação dos confrontos dentro do MS .
Esses povos originários residem na Terra Indígena chamada Nanderu Marangatu, onde ainda existe uma propriedade que seria a última em posse de outras pessoas que não os povos originários.
É importante ressaltar que, com aprovação datada de 2005, esta propriedade estaria localizada em área dedicada à ocupação tradicional do povo indígena Nanderu Marangatu.
O secretário de Estado sublinha que há instrução para o policiamento ostensivo da área, com a ordem judicial emitida pelo Juiz Federal de Ponta Porã, estando a situação de conflito já existente há algum tempo, comenta Videira.
“Percebemos que nos últimos dias ficou mais intenso com a presença dos ‘índios paraguaios’. Estamos ali numa região onde a fronteira é um rio pequeno, facilmente transponível; e do outro lado temos várias plantações de maconha. . então há interesse de facções criminosas que exploram o tráfico de drogas”, afirma o titular da Sejusp.
Segundo Videira, a Fazenda Barra fica a menos de 5 km da fronteira internacional, com informações de inteligência apontando a região como “estrategicamente posicionada” para escoar a produção do tráfico de drogas.
“A grande produção de toda essa região é destinada aos grandes centros, passando pelas aldeias. De aldeia em aldeia até chegar a Campo Grande; Dourados; e depois tem acesso aos maiores centros consumidores”, afirma o titular da pasta de Segurança Pública do MS .
Situação de conflito
Durante sua fala, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, reforçou que o Estado “tem buscado avançar” nas políticas públicas voltadas às comunidades indígenas e ao seu desenvolvimento.
“Sou o representante dos governadores na mesa de conciliação do STF, é um tema complexo, difícil, mas o que estamos vendo aqui foge completamente dessa discussão”, explica o Governador.
Com base no que lhe foi repassado pelo setor de inteligência, Riedel apontou a versão de “disputa entre facções criminosas paraguaias”, destacando que a ordem recebida na Justiça é para manter a ordem.
“Numa propriedade que está em disputa, do ponto de vista fundiário, mas que tem uma família morando em casa e que não sai de lá, dizendo que vai morrer ali. A decisão é que o Estado garanta a segurança desta família e acessar pessoas desta propriedade”, reforçou o governador.
Vale lembrar que há cerca de um ano, em reunião da Frente Parlamentar que trata dos conflitos agrários em Dourados, Videira foi o secretário responsável por declarações firmes que repercutiram na mídia.
Ao ser provocado por um agricultor que teve sua propriedade invadida e sua família ameaçada por indígenas, Videira disse: “Meu policial não vai morrer na faca com um rifle na mão”.
Medições
Segundo o governador, Riedel deverá se reunir à tarde com os ministros do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes; com o chefe da Casa Civil, Rui Costa, para discutir esta situação de confronto.
Dizendo que “lamenta profundamente” o episódio, Videira reforça que a ideia era tentar evitar confrontos, porém, a situação saiu do controle.
“Tudo o que não queríamos era que isso acontecesse. O que queremos daqui para frente é que a crise seja administrada para não termos mais mortes”, afirma o secretário.
Apoiado na ordem judicial, Videira acrescenta que a decisão ao abrigo da qual a actuação policial foi mesmo prorrogada, para que as forças policiais garantam o “ir e vir” dos funcionários e “donos” da quinta, da auto-estrada até à sede, no um percurso de mais de 10 quilômetros.
“Temos lá aproximadamente 100 militares, desde PMs; táticos; batalhões da região; quatro equipes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e um batalhão de Choque também… vamos mantê-lo porque estamos cumprindo a ordem judicial “, acrescenta o titular da Sejusp.
Abaixo, você confere a nota da Sejusp sobre o caso na íntegra:
“O governador Eduardo Riedel realizou reunião com membros da Segurança Pública de Mato Grosso do Sul para esclarecer a morte de um indivíduo, inicialmente identificado como indígena da etnia Guarani Kaiowá, no município de Antônio João, nesta quarta-feira (18). ).
A morte ocorreu após confronto e troca de tiros com a Polícia Militar em uma região rural da cidade, na fronteira com o Paraguai.
O secretário estadual de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, esclareceu que os policiais militares que estão no local (100 homens) cumprem ordem judicial (da Justiça Federal) para manter a ordem e a segurança na propriedade rural (Fazenda Barra), bem como permitir a entrada e saída de pessoas entre a rodovia e a casa da fazenda.
O conflito na região já dura há anos, mas a situação piorou nos últimos dias.
Além da disputa por terras, também foi apurado pela inteligência policial que há interesses de facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas, pois há diversas plantações de maconha próximas à fazenda, do lado paraguaio, já que a região faz fronteira entre os dois países.
Equipes forenses já estão no local da morte para identificar e investigar adequadamente os fatos. Foram apreendidas armas de fogo do grupo de indígenas que tentou invadir a propriedade e todo esse material será recolhido para formar um relatório que será entregue em Brasília.”
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