Onça Antã morre menos de um mês após resgate no Pantanal

Um esforço conjunto dos governos estadual e federal, com ajuda da iniciativa privada, promete garantir alimentação para famílias e animais em assentamentos rurais de Itaquiraí, no sul do estado. Segundo o deputado estadual Zeca, do PT, os agricultores perderam produção com a seca e as queimadas e estão até sem alimentos básicos.

Durante a sessão desta quinta-feira na Assembleia Legislativa, o deputado petista afirmou que as famílias estão sendo atendidas com 800 cestas emergenciais, pois estão sem alimentos por perda de colheitas, falta de chuva ou fogo.

“O prefeito de Itaquiraí atendeu ao nosso convite e se reuniu conosco com o governador Riedel [PSDB]que respondeu imediatamente ao nosso pedido. Uma equipe da Agraer vai fazer um levantamento de todas as famílias atendidas e o Governo Lula está disponibilizando 800 cestas emergenciais para auxiliá-las, pois não há comida nem para o gado nem para as pessoas. A situação é dramática e quero agradecer aos governos pela sua sensibilidade”, disse ele.

Devido à falta de chuva, até o gado fica sem comida. A alternativa, segundo o parlamentar, foi pedir ajuda às usinas de cana, “que estão fornecendo mais de cinco toneladas de bagaço de cana para alimentação do gado. Desperta a consciência da solidariedade, por isso gostaria de expressar em nome da bancada petista e dos assentados meu agradecimento por isso”, afirmou durante a sessão desta quinta-feira (12).

PANTANAL

O parlamentar lembrou que na semana anterior esteve em Corumbá e, igualmente, em assentamentos que não têm comida nem água. “E ainda do outro lado do rio, o incêndio”, lamentou.

Por conta disso, ele apresentou ao Governo Federal um pedido de Programa de Auxílio Emergencial aos produtores da Agricultura Familiar do MS.

“Essas pessoas não têm dinheiro, os pequenos não têm absolutamente nada. Precisamos pensar em renegociar dívidas, do Pronaf, precisamos dar segurança alimentar via Conab, criar um mecanismo com recursos para cuidar do gado moribundo e ajudar quem mais precisa”, sugeriu o deputado, que também pediu uma reunião de a Comissão de Desenvolvimento Agrário, Indígenas e Quilombolas para reunir representantes dos assentamentos atingidos, deputados e poder público para pensar ações conjuntas.

Da mesma forma, Paulo Duarte (PSB) pediu a Zeca, do PT, por ser ex-governador, que fosse interlocutor do presidente Lula para ações mais concretas contra o desastre ambiental que atinge o Pantanal.

“Não estamos vendo ações concretas, em Corumbá, Ladário e Pantanal. Essa questão é extremamente importante, porque as pessoas em Brasília não entendem o que está acontecendo. Você não tem ideia de quem está em campo. Temos que parar de falar e agir para ajudar as pessoas. Um cientista disse hoje em entrevista que o Pantanal vai acabar em 46 anos. A realidade é uma tragédia”, criticou.

O presidente da Assembleia, Gerson Claro (PP), explicou que a situação é grave, apesar dos esforços dos governos. “O Governo Federal já esteve três vezes em Corumbá. Os ministros já chegaram, o Governo do Estado conseguiu da FAB um avião KC360, que transporta tanques, isso nunca aconteceu fora das ações da Aeronáutica, está lá em Corumbá disponível para apagar o fogo, mas o que a gente tem visto é um situação de desastre. Entendo a angústia de todos. O incêndio já está em Miranda, Sidrolândia, precisamos nos preocupar com o futuro, porque não há mais o que falar, há trabalho a ser feito”, ponderou

Mara do Caseiro (PSDB) também disse na galeria que está preocupada em como levar uma solução para as pessoas. “Que seja um programa de recursos para os animais e também para os alimentos perdidos nas queimadas. Precisamos ter cuidado. Conversamos com o governador Riedel para levar apoio aos prefeitos, que estão até ajudando a apagar o fogo , para trazer medidas de segurança, contenção e incentivo”, concluiu.

(Informações da assessoria da Assembleia Legislativa)