Segundo lista publicada pela Folha de São Paulo, a capital mato-grossense teve a qualidade do ar classificada como insalubre e superior à cidade de São Paulo nesta sexta-feira (12).
Nesta sexta-feira (12), Campo Grande amanheceu entre as cinco capitais com pior qualidade do ar do Brasil. A capital do Mato Grosso do Sul ocupa atualmente a 5ª posição, superando a cidade de São Paulo, segundo dados de monitoramento da empresa QAir Suíço.
Segundo o indicador, Campo Grande atingiu esta manhã o valor de 153, o que coloca a cidade em alerta vermelho por “ar insalubre” para grupos vulneráveis. Em São Paulo, o valor registrado hoje (12) foi de 99, colocando a capital paulista em alerta amarelo moderado.
Em outro ranking que considera as maiores metrópoles do mundo, a região Sudeste do país ficou no topo na tarde de ontem (11), pela terceira vez consecutiva, segundo dados divulgados pela Folha de São Paulo.
Veja as capitais brasileiras com pior qualidade do ar:
Rio Branco (AC)
Porto Velho (RO)
Cuiabá (MT)
Curitiba (PR)
Campo Grande (MS)
Florianópolis (SC)
Porto Alegre (RS)
São Paulo (SP)
Maceió (AL)
Manaus (AM)
Desde junho, Campo Grande estava dentro de um corredor de fumaça vindo do norte do país, com incêndios na região amazônica, passando pelo Peru, Bolívia e Paraguai e seguindo em direção à Argentina e ao sul do país.
Desde então, os campograndenses tiveram que se adaptar à neblina cinzenta que fazia parte do cenário, que começou a ser vista com menor intensidade a partir do final de agosto e início de setembro.
Classificação
Os dados de qualidade do ar medidos pelo IQAir têm sido usados desde 1976 nos Estados Unidos. Serve como uma análise para comparar a qualidade do ar em todo o mundo.
Os índices utilizados pelos estudos variam de 0 a 500. Quanto maior o número, pior é a qualidade do ar daquela região: bom (0 a 50); moderado (51 a 100); prejudicial à saúde para grupos sensíveis (101 a 150); insalubre (151 a 200); muito insalubre (201 a 300); perigoso (301 ou mais).
Mato Grosso do Sul terá chuva negra neste final de semana
Divulgada esta semana pelo Correio do Estado, a previsão do tempo para o final de semana prevê chuva negra em diversas cidades do estado.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há possibilidade de pancadas de chuva neste sábado (14) e domingo (15), o que deve aliviar o calor, principalmente na região Sul do estado.
A chuva negra é um fenômeno atmosférico que ocorre quando a chuva se mistura com fuligem, cinzas ou outras substâncias escuras misturadas com água, que se formaram a partir de incêndios florestais e incêndios.
O resultado são gotas de chuva com uma cor mais escura que o normal: marrom ou preta.
Em entrevista ao Correio do Estado, o meteorologista Natálio Abrahão afirmou que, por conta da fumaça proveniente das queimadas e das queimadas no Pantanal, a probabilidade de cair chuva negra neste final de semana é enorme.
“Na situação atual pode ocorrer chuva negra. A chuva negra é o resultado da atmosfera contendo substâncias resultantes de incêndios florestais, aterros sanitários e incêndios em residências e construções. Portanto, pode ocorrer quando a chuva vem de nuvens acima dessas substâncias e elas se combinam para formar esse aglomerado de substâncias”, explicou Abrahão ao Correio do Estado.
A chuva negra pode se formar de duas maneiras:
- Quando a carga de poluentes encontra uma nuvem de chuva, os materiais se agregam e ocorre a precipitação.
- Quando a “nuvem de fumaça” se forma abaixo da nuvem, e a água pega essa sujeira quando chove
A chuva negra é prejudicial ao meio ambiente e à saúde humana/animal. O fenômeno pode poluir solo, vegetação, rios, nascentes e lagos. Em humanos, causa problemas respiratórios.
Abrahão orienta que a população não se exponha à chuva neste final de semana. “É sempre importante não expor pessoas ou animais às chuvas que ocorrem após longos períodos de seca. A melhor chuva é a segunda porque até lá a atmosfera estará limpa”, detalhou.
A chuva negra é diferente da chuva ácida, pois a chuva ácida ocorre a partir da fumaça das fábricas/indústrias, que liberam enxofre e nitrogênio que podem reagir com a água, formando ácido sulfúrico e ácido nítrico.
*Contribuição de Naiara Camargo/Correio do Estado
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