O Ibama fretou cinco aeronaves estrangeiras, sendo três enviadas para Corumbá, que lidera o ranking de incêndios no país
O combate aos incêndios no Pantanal mato-grossense será reforçado por mais um helicóptero fretado de Portugal, que chegou ao Brasil nesta segunda-feira (3) e será enviado para Corumbá. As aeronaves foram fretadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).
Segundo o Ibama, a contratação foi possível graças a uma mudança na lei que prevê acordo internacional em casos de calamidade pública ou emergência ambiental.
No total, foram fretados cinco helicópteros para combater os incêndios florestais que atingem, além do Pantanal, outros biomas e regiões brasileiras. Quatro deles são monomotores e já estão em operação, dois no Pantanal do MS, um no Xingu (MT) e outro no Araguaia (TO).
O quinto helicóptero, que chegou ontem, é um grande bimotor e também irá para Corumbá, que lidera o ranking de municípios com mais focos de incêndio no país.
Com os novos cinco helicópteros, o Ibama passa a contar com 10 aeronaves preparadas para operações de combate a incêndios.
Além de transportar bombeiros e equipamentos, os helicópteros serão utilizados no combate às chamas por meio do chamado helibalde. Neste método, os helicópteros jogam água sobre as chamas usando um grande balde preso ao gancho de carga.
Segundo o Ibama, o bimotor contratado tem capacidade para liberar cerca de 2,5 mil litros de água por vez, enquanto os helibaldes acoplados aos monomotores liberam de 500 a 800 litros. Além disso, a aeronave pode transportar até 18 brigadistas em cada viagem.
O contrato de fretamento monomotor tem duração de quatro meses. O bimotor ficará em poder do Ibama por seis meses e também poderá ser utilizado no apoio logístico de operações em outras regiões do país.
Carta
A contratação de helicópteros foi facilitada pela autorização para utilização de aeronaves de matrícula estrangeira no combate a incêndio e em emergências, concedidas através do Medida Provisória nº 1.240que entrou em vigor em 10 de julho deste ano.
A MP prevê alteração no Código Brasileiro de Aeronáutica que permite, em casos de calamidade pública ou situações de emergência ambiental, que o serviço de combate a incêndio seja realizado por aeronaves e tripulantes de outras nacionalidades.
Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Brasil conta atualmente com 22 empresas autorizadas a prestar serviços de combate a incêndio. Porém, o serviço oferecido pelas empresas privadas é realizado em aeronaves de pequeno porte.
A partir da publicação da MP, aeronaves de maior porte, disponíveis em outros países, poderão ser utilizadas em solo nacional.
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