Segundo dados meteorológicos, as temperaturas deverão atingir os 45ºC na segunda semana de setembro nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, bem como na Bolívia e no Paraguai, onde será registada uma bolha de calor extremamente intensa.
O Pantanal mato-grossense deve ser o mais afetado nos próximos dias pelas altas temperaturas, que podem superar as registradas em outubro do ano passado, quando a máxima atingiu 43,4 graus em Porto Murtinho, no dia 17 daquele mês.
Segundo informações da MetSul Meteorologia, a bolha de calor extremo deve estacionar no Centro-Oeste brasileiro nesta semana, registrando temperaturas excessivas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bolívia e Paraguai, com temperaturas que podem chegar entre 40°C e 45°C, batendo recordes e tornando setembro o mês mais quente já registrado na história brasileira.
Segundo estudos meteorológicos da MetSul Meteorologia, os registros de temperatura mais esperados ocorrerão na segunda semana do mês, aumentando ainda mais o alerta nas regiões onde serão registrados níveis elevados de calor.
O estado que mais sofrerá será Mato Grosso, por estar próximo ao centro da grande cúpula de calor que se concentrará entre Paraguai, Bolívia e Mato Grosso do Sul.
O aumento do perigo devido à intensidade do calor que deverá atingir o Pantanal mato-grossense exige maior atenção das autoridades, já que a região é devastada há meses por incêndios florestais. As variações de calor e frio que atingiram o estado nas últimas semanas não reduziram o alerta, levando a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a visitar o estado e criar um plano de combate aos incêndios.
“Esta é uma situação de elevado perigo devido à severidade do calor esperado e exigirá atenção das autoridades. Serão vários estados em que o calor será muito intenso e extremo e acompanhado de ar excessivamente seco, aumentando muito o risco de incêndio e trazendo riscos à saúde”, segundo a nota.
Calor extremo em outubro do ano passado
Em outubro do ano passado, segundo dados do Centro de Monitoramento de Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), 12 dos 44 municípios que aparecem no boletim daquele mês registraram 40 graus ou mais. Depois de Porto Murtinho, que registrou 43,4 graus, apareceu Corumbá, com 42,5 graus, também no dia 17.
A diferença é que naquela onda de calor a umidade do ar já era maior do que agora, o que aumentou a sensação de calor. Agora, ainda segundo o Climatempo, a umidade tende a atingir níveis emergenciais, ficando abaixo de 12% em grande parte do Estado em determinados horários do dia.
E com a baixa umidade, a tendência é que à noite o calor também seja um pouco menor do que em outubro do ano passado, quando Campo Grande registrou sobrecarga no consumo de energia e milhares de moradores foram impactados por cortes de energia em decorrência da alta uso de aparelhos de ar condicionado.
Para Campo Grande, segundo o Climatempo, a máxima prevista na atual onda de calor é de 40 graus, também nos dias 13 e 14 de setembro. Caso a previsão se confirme, superará a máxima de outubro do ano passado, quando a Capital atingiu 39,4 graus, no dia 23.
REGISTROS DE 2020
Porém, tanto o calor de outubro do ano passado quanto o de agora ainda ficarão abaixo do registrado em outubro de 2020, ano em que foram registrados recordes no Estado. Segundo dados do Cemtec, no dia 5 de outubro de 2020, na cidade de Água Clara, os termômetros registraram 44,6 graus.
Em Corumbá, a máxima chegou a 43,4 graus e em Campo Grande, 41. Nos primeiros dez dias de outubro daquele ano, as temperaturas ficaram acima de 40 graus na maior parte do Estado. Dos 44 municípios monitorados pelo Cemtec, 23 ultrapassaram a barreira dos 40 graus.
Para efeito de comparação, a temperatura mais alta registrada oficialmente até o momento no Brasil foi de 44,8 graus, em Nova Maringá, Mato Grosso, nos dias 4 e 5 de novembro de 2020. Essa medição superou o recorde oficial anterior, registrado em 2005 na cidade de Bom Jesus, no Piauí, a 44,7°C.
No ano passado, o calor extremo foi atribuído ao fenómeno El Niño. Em 2020 e 2024, porém, ele está ausente. Nestes casos, a explicação dos meteorologistas é a existência de grandes bloqueios atmosféricos que impedem a passagem de massas de ar frio para as regiões centro e sudeste do país.
O que é bolha de calor?
A bolha de calor, apelidada de “cúpula” (em inglês é chamada de cúpula de calor), ocorre com áreas de alta pressão que funcionam como cúpulas de calor e que possuem mais ar descendente. Funciona como o ar no solo por meio da compressão aquece a coluna de ar.
Traduzido da forma mais fácil, o vento quente que vem de cima, desce até o chão e acaba subindo para uma superfície ainda mais quente, formando a “bolha de ar”, criando uma panela de alta pressão, fazendo com que o calor permaneça por mais tempo. .
A fumaça já faz parte do contraste em Campo Grande
A fumaça resultante de queimadas no Pantanal, na Amazônia e em outros países como Paraguai e Bolívia cobriu o céu na manhã deste domingo (1º) em Campo Grande.
Neste primeiro dia de setembro, segundo o Clima Tempo, são esperadas temperaturas mínimas entre 20°C e 22°C e máximas de até 35°C na Capital.
Em conversa com o Correio do Estado, o meteorologista Natálio Abraão explicou que o céu com aspecto “nublado” é, na realidade, nevoeiro seco resultante dos incêndios.
O meteorologista alertou que o céu coberto de fumaça continuará ao longo da semana e causará problemas para a aviação.
Assine o Correio do Estado.
como pedir empréstimo no bradesco
0800 itau financiamentos
inss liga para confirmar dados
empréstimos manaus
até quanto um aposentado pode pegar de empréstimo
emprestimo funcionario publico
solicitar emprestimo bolsa familia