“Tio Rico” foi transferido em uma operação que contou com um forte sistema de segurança para evitar uma possível tentativa de fuga.
Sob forte esquema de segurança, o narcotraficante Miguel Ángel Insfrán Galeano, conhecido na fronteira como “Tio Rico” foi transferido nesta terça-feira (27), para o presídio de segurança máxima de Minga Guazú, a 553 quilômetros de Pedro Juan Caballero, município que forma uma seca. divisa com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.
Em entrevista à rádio Monumental 1080 AM, o vice-ministro de Política Criminal do Ministério da Justiça, Victor Emanuel, informou que a ordem deveria ser cumprida em sigilo, de forma furtiva, em meio a forte segurança comandada por agentes do Força Policial. Agentes de Operações Policiais Especiais (Fope) e demais agentes, pois o narcotráfico representa um perigo para a sociedade.
Insfrán, foi processado no âmbito da operação “A Ultranza”, que investiga uma rede de lavagem de dinheiro, com uma série de restrições como a proibição de receber visitas conjugais, impossibilidade de acesso à televisão, rádio e outros dispositivos.
Extremamente meticuloso e perigoso, Isfran foi preso no ano passado no Rio de Janeiro, quando o “Tio Rico” foi apontado como importante fornecedor de cocaína para a Europa e atuava na região fronteiriça entre o Paraguai e o Mato Grosso do Sul, onde mantinha empresas que eram usados como frentes e tinham forte ligação com políticos locais.
Suspeito de executar o promotor Marcelo Pecci
Isfran também é o principal suspeito do assassinato do promotor Marcelo Pecci, em maio de 2022, em uma praia de Cartagena (COL).
Pecci foi morto por pistoleiros enquanto passava a lua de mel com a esposa na Praia de Barú. O juiz estava encarregado de uma investigação e coordenou uma força-tarefa contra o crime organizado no Paraguai e liderou a Operação Ultranza, que conseguiu desmantelar a organização criminosa liderada por Tio Rico.
Em maio deste ano, Miguel Ángel Insfrán foi indiciado pelo Ministério Público do Paraguai por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo o documento assinado pelo promotor Deny Yoon Pak, que alega que o “Tio Rico” é considerado peça-chave no esquema de envio de grandes cargas de cocaína do Paraguai para países europeus, em parceria com o uruguaio Sebastian Marset, que segue foragido da justiça . .
Forte esquema de segurança
Segundo o vice-ministro, a transferência foi realizada sob forte segurança para evitar uma possível tentativa de resgate.
“São questões que devem ser tratadas desta forma devido à situação que envolve esta pessoa e, obviamente, para evitar qualquer tipo de tentativa de resgate ou qualquer perigo que possa ocorrer”, afirmou.
A penitenciária onde estava Tio Rico tem capacidade para 1.237 pessoas e está sendo gradualmente povoada.
No mês passado, 40 presos foram transferidos para o módulo 8 do presídio, onde estão detidos. Na semana passada, foram levadas ao local 22 pessoas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e ao Clã Rotela, que estavam detidas na penitenciária de Ciudad del Este e em Emboscada.
Os presos que foram encaminhados para a penitenciária são extremamente perigosos e estão na ala de segurança máxima, que tem capacidade para 82 presos.
“É um regime especial fechado; Os presos passam cerca de 22 horas praticamente dentro da cela e têm que fazer uma pausa de 2 horas, caminhando também dentro de um espaço seguro”, revelou o vice-ministro Benítez.
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