Ramo das ciências ocultas, ferramenta matemática que traz a possibilidade de autoconhecimento no campo pessoal e de compreensão da dinâmica e das estruturas de uma empresa, de um país ou de uma cidade. Para começar, é assim que o numerólogo Marco Aurélio Ramos, de 56 anos e 38 anos de dedicação à numerologia, define essa prática. Em seguida, procura desfazer o mito que faz muitas pessoas pensarem que o conhecimento baseado em números nada mais é do que proselitismo.
“A primeira coisa que temos que entender é que as pessoas imaginam a numerologia, no seu mapa pessoal, para saber os ‘meus’ números da sorte ou números que bloqueiam o sucesso ou para mudar uma letra do seu nome para que tenham realização. Isso é besteira, é mágico. Numerologia não é isso. É uma ferramenta que permite compreender o mecanismo comportamental. Para você entender as características de uma pessoa ou de uma cidade, o ponto de partida é olhar para quatro números que chamo de pilares”, afirma.
“Eles dão a estrutura da personalidade de uma pessoa ou da dinâmica de um lugar. Você vai de uma cidade para outra e percebe uma egrégora diferente. Você chega em Campo Grande, tem uma dinâmica, e em questão de minutos as pessoas percebem. Vá para o Rio Janeiro ou São Paulo e eles têm dinâmicas diferentes. Esses quatro números dão essa estrutura”, continua.
“Esses quatro números seriam [primeiro] o número da essência do lugar, [segundo] o número da imagem de como este lugar foi projetado e como as pessoas percebem o lugar, [terceiro] o número do destino, que é a finalidade, onde está o talento, o recurso, o que é mais oportuno. No caso de uma pessoa, são os recursos de uma personalidade que ela desperta. No caso de uma cidade, de uma empresa ou de uma instituição, é um propósito. Nem sempre significa que aquele lugar ou instituição esteja explorando esse propósito. Na maioria das vezes, quando se trata de cidades, não é. Mas traz uma dinâmica de comportamento local”, explica Ramos.
“E o quarto número, a data de nascimento, que é a soma do dia, mês e ano, que chamamos de lição de vida. Este é o número mais importante, que foi quando surgiu definitivamente. No caso de uma pessoa, quando ela sai do universo intrauterino e vem para esse universo externo. No caso de uma cidade, quando ela de fato passou a ser considerada cidade. No caso de Campo Grande, 26 de agosto de 1899”, finaliza o numerólogo – e advogado – que trocou a Capital Morena por Cuiabá em 1996.
4-3-7-7
“O que detectamos no mapa numerológico de Campo Grande? Tem, em essência, quatro. Da imagem, a projeção, três. Destino, que é um número que sai do nome completo, sete. E a lição de vida também é um sete. Na composição da cidade, possui conjunção quatro e sete. Quando uma cidade tem as características quatro e sete, já sabemos que é uma cidade onde a maioria das pessoas se preocupa muito com a pontualidade, com a organização, as estruturas têm que funcionar muito bem”, revela.
“Dá para ver: Campo Grande, Curitiba, Santa Maria não são mapas iguais, mas têm pontos parecidos. A dinâmica do comportamento cotidiano das pessoas é uma dinâmica que busca e visa o perfeccionismo. Isso reflete em geral. Mas esta mesma conjunção traz consigo um comportamento elitista e segregacionista. Veja bem, Campo Grande tem a imagem em três. Essas cidades pretendem, ao longo do tempo, preocupar-se com a estética, em ser uma cidade bonita, organizada”, explica Ramos.
TRABALHADOR E AUTISTA
“Quem chega, na primeira impressão, sempre fica com uma boa impressão da estrutura da cidade. Isso é de três. Mas o que revela a dinâmica da vida cotidiana? A dinâmica da vida cotidiana é este quatro e este sete. Isso é que traz, no comportamento das pessoas, essa preocupação que a gente fala assim: ‘O pessoal de Campo Grande, a preocupação deles é trabalhar’. Uma cidade que você pode ver tem menos vida noturna, porque sete não é um número movimentado à noite. Claro que tem, porque tem jovem, tem gente que gosta, mas no geral não é”, afirma.
“Campo Grande tem dois setes. Qual é o propósito de tal cidade? O que seria ideal? Uma cidade voltada, por exemplo, para universidades, pesquisas, laboratórios, tecnologia. Se houvesse uma gestão para direcionar qual é o recurso, o talento, onde está o melhor talento da cidade? Pesquisa sobre comportamento humano. A psicologia de sete regras, tudo que envolve comportamento, o ocultismo também, as filosofias religiosas. Tem filosofias japonesas fortes, a igreja messiânica, que é uma linha do budismo, a Seicho No Ie”, afirma o numerólogo.
“Mas, ao mesmo tempo, o mesmo sete tem o seu aspecto mais desafiador, o outro lado. Também pode levar a uma espiritualidade mais fanática e dogmática. Sete governa o inconsciente. Normalmente em Campo Grande as pessoas são mais reservadas. Eles não são muito abertos inicialmente. Eles demoram para levar você para dentro de casa, para uma abordagem mais íntima. Eles têm um lado desconfiado, observador e analítico. Essa é das sete, que Curitiba também tem. Sete também é um número que rege o submundo”, diz ela.
“Então você considera o alto índice de depressão, tem havido altos índices de suicídio. Por que é que? Toda cidade que tem conjunção sete e quatro, por um lado, a população fica muito preocupada que a cidade funcione muito bem, que tudo esteja muito limpo e organizado. Por outro lado, isso gera o comportamento de uma sociedade onde a autoexigência é muito elevada. E tem o lado negativo, que é a depressão, o suicídio. Sete regulamenta o uso de medicamentos para depressão e, principalmente, para dormir”, afirma Ramos.
“Sete regras sobre drogas, mas tudo no nível do submundo, escondido, escondido. Sete governa o submundo do crime. A canalização construtiva da cidade dirige-se, por exemplo, para uma cidade onde o investimento em terapia seria ótimo, como na Argentina, em Buenos Aires. Se houvesse um direcionamento para o tratamento em saúde mental, uma cidade focada na qualidade de vida. Isto é a partir das sete. As pessoas não gostam de barulho, Campo Grande não gosta de barulho”, afirma o especialista.
“Dizemos que um lugar sete tem comportamento autista, se incomoda com barulho, gente, multidão, muita proximidade física. Não é um lugar muito sinestésico, onde você chega tocando, abraçando as pessoas. Isso é característico de uma cidade que possui essa conjunção sete e quatro. E por ela ter nascido em 26 de agosto de 1899, a data de nascimento define o propósito. Qual é o ponto forte, o lema de Campo Grande? Para onde devem ser direcionados os investimentos?” pergunta o numerologista.
“Foco na qualidade de vida, e já faz isso: parques, natureza. Universidades, pesquisa, tecnologia, feira de eventos. Não é um lugar onde há muita agitação. Agora, turismo de eventos, turismo de conhecimento, por exemplo, congressos médicos, sobre algum assunto. Esse seria o talento do Campo Grande, tornando-se uma meca dessa dinâmica, pelos dois números sete que possui. Cada cidade tem um recurso melhor para um lado, que nem sempre é explorado pelo poder público”, pontua.
PARECE, MAS NÃO É
“Dizemos que Campo Grande parece mas não é, porque tem imagem. Quem chega, a princípio, fica encantado. É no dia a dia que as pessoas começam a perceber a dificuldade de construir laços de amizade e intimidade. É um ambiente muito exigente um para o outro. Isso é característico de quatro e sete. O nível de exigência é muito alto. Uma rigidez, uma inflexibilidade. Tem um lado bom que traz máxima eficiência. A desvantagem é esse requisito muito alto. As pessoas estão muito preocupadas: ‘Meu papel, minha reputação’”, explica.
“Essa preocupação, um comportamento obsessivo da população, de fazer com que tudo funcione muito bem e que tudo esteja esteticamente perfeito, limpo e organizado é típico de uma energia quatro e sete. Mas, tudo tem dois lados. Elitismo, segregação, preconceito, rigidez. Vem desta conjunção quatro e sete. É muito acentuado. É a característica do lugar, é assim que funciona. E o que faz uma pessoa que não se adapta a isso? Você muda”, diz Ramos.
GESTÃO PÚBLICA
O que é oportuno e o que é preciso buscar no momento atual? “Na numerologia existem o que chamamos de trânsitos, que definem o momento. É comum leigos confundirem essa ideia com previsão, mas essa palavra está errada. O que conseguimos é fazer um corte de tempo e espaço e retirar pontos que têm uma probabilidade muito alta de acontecer. E esses pontos que listo, quando confirmados, assumem a aparência de previsão. Mas o termo mais correto para tudo isso é prognóstico”, afirma.
“O prognóstico tem um significado mais amplo. Diz: ‘Neste momento é mais oportuno fazer isso, explorar essa situação, tomar um pouco mais de cuidado com esse detalhe’. Dá indicações de onde a energia, a força e a atenção devem ser direcionadas, seja no mapa pessoal da pessoa, no mapa da empresa do empresário ou no mapa do prefeito que lidera a cidade. Campo Grande entra agora no sexto ano, aos 125 anos. O quinto ano, que ela está terminando, é um ano volátil”, responde ele.
“Os números pares estão mais ‘em’ números, de estruturação, organização e liquidação, de assentar a poeira e colocar as coisas de volta nos trilhos. Sai de um ano cinco, o que é imprevisível, mesmo quando há, como agora, eleições. Em cinco, às vezes é difícil definir algo e continuar linearmente, porque cinco é o número da imprevisibilidade. É por isso que ele governa a bolsa de valores. Quando chega o seis, o que acontece? O prefeito que assumir tem que assentar a poeira, firmar um acordo”, afirma.
“Busquem a boa convivência, o trabalho em parceria. Não é um ano para encorajar conflitos, é um ano para negociar. Por exemplo, você tem tantos por cento de dívida de IPTU? O bônus de pedir acordo, de conversar, negociar conflitos, pacificar situações, estabelecer acordos. Cabe a você recuperar a paz, a organização do seu dia a dia. No sexto ano, ele precisa fazer isso. Estabeleça um bom relacionamento com a equipe que você trabalha, funcionários, etc. Forme parcerias, por exemplo, público-privadas”, explica a numeróloga.
“Qualquer tipo de parceria que a prefeitura faz para desenvolver um projeto é o número seis, que rege os contratos. Mas também rege a quebra de contratos. E para evitar a quebra de contratos, muitas vezes o prefeito tem que negociar e ceder em algumas coisas. Depende de quem assume. Se assumir uma pessoa que tem grande capacidade de negociação, a cidade ganha muito. Se assumir este ano seis que seja muito intransigente e rígido, aí teremos problemas”, afirma Ramos.
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