Priorizando o saneamento básico sustentável, o Hospital São Julião adota o ciclo de utilização da água que é retirada de poço artesiano, chega ao sistema de encanamento da unidade hospitalar para ser utilizada e, por meio de uma estação de tratamento de esgoto (ETE), é tratada para ficar em condições de ser devolvida à natureza – neste caso, no Córrego Botas.
Segundo o gerente de Política Ambiental de São Julião, Bruno Maddalena, esse processo de água que é consumida nas instalações hospitalares por meio do poço artesiano e que passa por uma ETE antes de ser despejada no Córrego Botas é uma forma consciente e sustentável de utilizar esse insumo fundamental para vida.
“Saneamento básico é tratar água, esgoto e lixo, e acho que a gente faz os três, porque a água do poço que a gente usa é tratada aqui mesmo no hospital para consumo, é monitorada para análise, e o efluente – neste caso o esgoto – aqui também é tratado antes de ser devolvido à natureza. Então, em termos de saneamento básico, São Julião vem completando as etapas de forma correta, sustentável e econômica também”, declarou Maddalena.
A ETE foi instalada no hospital na década de 1990. Antes de ser utilizado, o Hospital São Julião – que fica no entorno de duas nascentes que formam o córrego de mesmo nome – utilizava a água desses locais por meio de uma barragem construída há 40 anos. que serviu como fonte de abastecimento.
Em 1981, foi construído um poço artesiano na unidade hospitalar para garantir um consumo saudável, já que, com o passar dos anos, bairros próximos a São Julião, como Nova Lima, começaram a crescer. Esse aumento populacional acabou fazendo com que a barragem fosse utilizada para banho e também para os animais que ali eram criados, ficando a água imprópria para consumo devido à contaminação.
Depois que a barragem deixou de ser utilizada, o pequeno riacho continuou até desaguar em Botas. Desde que a ETE foi instalada no hospital, a questão hídrica também passou a ocupar lugar de destaque em São Julião nas boas práticas de sustentabilidade ali realizadas.
“Esse é o ciclo da água no Hospital São Julião. Aqui extraímos, consumimos, tratamos e devolvemos água à natureza [novamente limpa]”, confirmou Maddalena.
Parte desse consumo de água é utilizada para regar uma pequena plantação de hortaliças e também para compostar matéria orgânica, que é transformada em adubo para atividades que visam reflorestar uma área localizada nos fundos do hospital.
Mais de 100 estacas de madeira localizam as mudas de bananeira que foram plantadas no Dia Mundial do Meio Ambiente com alunos da Escola Estadual Padre Franco Delpiano, unidade escolar que funciona dentro do complexo São Julião.
DESPERDÍCIO ZERO
Premiado nacional e internacionalmente como o primeiro hospital rumo ao desperdício zero do Brasil, o Hospital São Julião, em nove anos de trabalho com a separação da coleta seletivajá conseguiu desviar quase mil toneladas de lixo (exatas 966 toneladas) do aterro, através do reaproveitamento de resíduos orgânicos, recicláveis e de construção.
Com a experiência adquirida na gestão de resíduos sólidos, o São Julião poderá se tornar referência de ação ecológica para outros hospitais de Campo Grande que, além de economizar recursos, também poderão contribuir com a sustentabilidade e o meio ambiente.
O Hospital São Julião estuda a implantação da proposta Laboratório Lixo Zero, que consiste em uma oficina dentro da unidade que trabalha para apresentar e oferecer o projeto de coleta seletiva para outras unidades hospitalares do Estado.
Com base no sistema de gravimetria, que calcula a quantidade de resíduos desviados dos aterros, quem consegue desviar pelo menos 90% dos resíduos é certificado pelo Instituto Lixo Zero Brasil.
O São Julião já está se aproximando disso, atingindo 80% no ano passado, e busca aprimorar seu trabalho com coleta seletiva, para se tornar o primeiro hospital do Brasil a ter essa certificação.
“Recolhemos diariamente resíduos comuns e recicláveis em unidades de destinação seletiva. Cada resíduo tem um destino específico: os recicláveis são prensados para venda e os resíduos orgânicos são utilizados como fertilizante para jardins ou como fertilizante em processo e composto para replantio de árvores”, disse Maddalena.
O trabalho de reciclagem no hospital é gerido num antigo armazém que servia para criação de porcos, sendo adaptado para se tornar o espaço que hoje alberga os resíduos.
Neste local são separados os resíduos do Hospital São Julião que podem ser reciclados, como cobre, papelão, latas, garrafas PET, eletrônicos, papel, vidro, madeira, plástico, entre outros.
Descobrir
A Escola Estadual Padre Franco Delpiano, localizada dentro do Hospital São Julião, também participa da campanha pelo desperdício zero e concorre para ser a primeira a conquistar essa certificação na Região Centro-Oeste.
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