A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) enviou, nesta segunda-feira (19), um documento ao Senado, alertando sobre os riscos da liberação de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), como os vapes. Paralelamente, a AMB (Associação Médica Brasileira) e outras 79 entidades assinaram carta contra a regulamentação dos cigarros eletrônicos.
O Projeto de Lei 5.008/2023, da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), trata da produção, importação, exportação, comercialização, controle, fiscalização e publicidade de cigarros eletrônicos. A votação do PL estava marcada para esta terça-feira (20), no Senado Federal, mas os senadores adiaram a votação para o dia 3 de setembro.
Em abril deste ano, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) manteve a proibição da venda de vapes, na RDC 855/2024. Na ocasião, os diretores do órgão mencionaram temores sobre a renormalização do tabagismo e o aumento do tabagismo no Brasil devido ao efeito porta de entrada ou recaída de ex-fumantes com a popularização dos cigarros eletrônicos.
No documento ao Senado, a Fiocruz “convoca os parlamentares a defenderem a implementação imediata e completa da RDC 855/2024, conforme recomendação da Anvisa. Além disso, a Fiocruz manifesta preocupação com o Projeto de Lei 5008/2023”.
Segundo a organização, os fabricantes de vape “afirmam que os DEFs apresentam menor risco à saúde e podem ajudar na cessação do tabagismo. Na realidade, os DEFs aumentam o risco de dependência da nicotina e expõem os consumidores a agentes cancerígenos, como nitrosaminas, formaldeído, acetaldeído, amônia, benzeno e metais pesados. […] Além de uma variedade de aromas que atraem, principalmente, crianças e jovens, induzindo-os a experimentar desde cedo e a se tornarem rapidamente viciados em nicotina.”
A Fiocruz lembra que, em 1999, a indústria do tabaco foi condenada, nos EUA, a arcar com os custos do tratamento de doenças relacionadas ao tabagismo. A fundação cita ainda no documento orientações da OMS que “desaconselham fortemente a utilização de cigarros eletrónicos como método de cessação tabágica”, pois podem perpetuar a dependência da nicotina.
Segundo estimativas da OMS (Organização Mundial da Saúde), a indústria do tabaco é responsável por 12% das mortes no mundo e está relacionada a mais de 60 tipos de doenças. Além disso, impõe elevados custos econômicos à sociedade, com gastos de mais de R$ 125 bilhões para mitigar os problemas de saúde associados ao tabagismo. As informações são do relatório do Instituto de Educação e Ciências da Saúde (2020).
Nos cigarros eletrônicos, a nicotina vem na forma líquida, com forte poder viciante, ao lado de solventes (propilenoglicol ou glicerol), água, aromatizantes (cerca de 16 mil tipos), aromatizantes e substâncias destinadas a produzir um vapor mais suave. , para facilitar a deglutição e absorção pelo trato respiratório.
Os vapes desencadearam o surgimento de uma nova doença, chamada Evali (Doença Pulmonar Associada ao Cigarro Eletrônico ou Produtos Vaping), que causa fibrose e outras alterações pulmonares, que podem levar o paciente à UTI, ou até à morte, por insuficiência respiratória. .
*Informações da Folhapress
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