Criticando a atuação da Força Nacional, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) pede ao ministro Ricardo Lewandowski esclarecimentos sobre o conflito na região de Douradina, a 191 quilômetros de Campo Grande. Segundo o deputado Bolsonaro, a atuação da Força Nacional na área de conflito entre indígenas e agricultores deve ser investigada.
“A convocação do Ministro da Justiça e Segurança Pública, para prestar esclarecimentos sobre a atuação da Força Nacional e da Polícia Federal nas invasões de propriedades privadas em Douradina é fundamental para garantir a transparência e a correta aplicação da lei”, afirmou o parlamentar.
Recentemente, invasões a propriedades rurais em Douradina despertaram preocupação no governo federal. Os indígenas invadiram uma área de aproximadamente 12.196 hectares pertencente a particulares, configurando crime de roubo possessório, conforme art. 161 do Código Penal.
“Os proprietários da região enfrentam grande insegurança e as respostas da Polícia Federal e da Força Nacional não têm sido suficientes para garantir o cumprimento da lei”, afirma o deputado.
Por preocupações com a insegurança dos agricultores, o deputado solicita a presença do ministro Ricardo Lewandowski para prestar esclarecimentos detalhados sobre a atuação da Força Nacional e da Polícia Federal em invasões de propriedades privadas. Solicita também informações sobre as medidas tomadas para garantir a aplicação efectiva da lei e a protecção dos direitos dos proprietários.
Invasões
No último sábado (3), agentes da Força Nacional foram acionados pela manhã para conter o conflito entre indígenas e agricultores no entorno do Sítio do Cedro.
Os conflitos prolongaram-se até ao início da tarde, enquanto equipas da Força Nacional realizavam patrulhas numa zona próxima do local do incidente. A partir desse momento, foram contatados o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e o Ministério Público Federal (MPF).
Com a chegada da Força Nacional, o confronto foi temporariamente interrompido, mas retomado na tarde deste domingo (4), mesmo com a presença de agentes da Força Nacional, representantes do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), do Ministério Público Federal (MPF) , a Polícia Federal e a Polícia Militar, que mediaram a situação.
A tensão dos conflitos foi denunciada pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
Na ocasião, ocorreu um incêndio que foi controlado com a ajuda de tratores, que criaram um aceiro para conter as chamas.
Quatro tiros foram ouvidos e o autor do crime não foi identificado. Para conter a situação, a Força Nacional utilizou gás lacrimogéneo.
Segundo o Ministério da Justiça, a ação de controlo de multidões foi necessária para “evitar um mal maior”, uma vez que ambos os grupos estavam agitados e alguns indivíduos estavam armados. O ministério afirmou ainda que será protocolado boletim de ocorrência na Polícia Federal e na Polícia Civil, que será avaliado pelas autoridades judiciárias.
Além dos indígenas, pelo menos um agricultor foi ferido por bala de borracha, mas sem risco de morte. Segundo o ministério, até agora não foram registados novos incidentes de conflito.
Atento a cada movimentação de indígenas e agricultores, o Ministério da Justiça não divulgou o número exato de agentes no campo. Porém, segundo o Ministério dos Povos Indígenas, no sábado estavam em operação quatro viaturas e 12 agentes da Força Nacional, enquanto no domingo eram seis viaturas e 18 agentes.
Ainda segundo a pasta, houve pelo menos uma pessoa ferida no rosto, aparentemente por bala de borracha, que foi transportada por uma ambulância do Corpo de Bombeiros.
O MPI informou ainda que, dos feridos encaminhados para o Hospital da Vida, apenas um ainda não teve alta. Por ter sido atingido na cabeça, ele permanece em observação.
A equipe do Ministério dos Povos Indígenas informou que permanece no território, monitorando a situação para evitar novos conflitos.
Entenda o caso
Os conflitos começaram em julho, quando os indígenas Guarani-Kaiowá retomaram territórios tradicionais em Douradina e Caarapó. As Terras Indígenas Panambi-Lagoa Rica e Amambaipeguá I, localizadas nesses municípios, estão em processo de demarcação e aguardam solução judicial.
Segundo o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), os ataques ocorreram em território delimitado pela FUNAI em 2011. Segundo o MPI, a Lei do Marco Temporal (Lei 14.701/2023) e a PEC 48 aumentaram a insegurança jurídica sobre os territórios indígenas, causando instabilidade nas regiões e fomentando a violência contra as comunidades.
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