O relatório realizado pela plataforma educacional SAS, com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), aponta que houve redução na diferença de desempenho entre escolas públicas e privadas de Mato Grosso do Sul em o Exame Nacional Médio de Ensino (Enem). Em 2018, quando a pesquisa começou, as notas médias nas escolas públicas do Estado eram de 23% em relação às escolas privadas; No ano passado, caiu para 18%.
Um dos fatores citados para a redução da diferença de notas foi o investimento em escolas de tempo integral. O secretário estadual de educação, Hélio Daher, afirma que esse pode ser o maior fator para essa melhoria de desempenho.
“Naturalmente temos mais tempo na escola, mais tempo dedicado a unidades curriculares muito focadas na produção e desenvolvimento matemático, por isso entendemos que a expansão, atingindo mais de 60% das escolas que oferecem serviços a tempo inteiro, atingiu o nosso objectivo que era melhorar a proficiência dos nossos alunos, por isso acreditamos realmente que valeu a pena o investimento na educação em tempo integral, prova disso são os resultados apresentados não só no Enem, mas também na redução das taxas de evasão e abandono dos nossos alunos”, apontou Daher.
Em 2018, o desempenho médio das escolas privadas foi de 602; enquanto nas escolas públicas foi de 489. No ano passado, a média privada foi de 605; enquanto o das escolas públicas foi de 511, uma melhoria de 4,49%; enquanto o ensino privado melhorou apenas 0,49% nos últimos cinco anos.
Entre outros fatores, o secretário relata que o investimento em infraestrutura, a melhoria das condições de estudo dos alunos, como a restauração do aprendizado com o incentivo à estrutura de leitura e escrita, ajudaram a melhorar o desempenho das escolas estaduais.
“Isso é importante para os alunos do ensino médio, além de um trabalho muito robusto de orientação das escolas em relação ao próprio Enem, de engajamento das escolas estaduais para que as escolas entendam que os alunos da escola pública são competitivos e têm plenas condições de ir concorrer às vagas que O Enem oferece em cada uma das universidades”, completa Hélio.
Porém, as 15 melhores escolas do Estado continuam privadas, e entre elas está o Colégio Militar de Campo Grande, que é federal. No desempenho por área, a diferença varia entre as disciplinas.
DIFERENÇA POR ÁREAS
A maior variação é encontrada na escrita, 31% entre os ensinamentos. Enquanto as escolas privadas tinham em média 745 na área; as escolas públicas obtiveram média de 567. A diferença, porém, já era de 67%, em 2018, quando o ensino privado tinha média de 650, e o ensino público tinha 390.
Na matemática, a diferença aumentou. A pesquisa mostra que a diferença entre as notas em ciências exatas, entre escolas públicas e privadas, havia permanecido estável em 18% entre 2020 e 2022, e chegou a 23% no ano passado.
Segundo o secretário, este é o maior desafio que a educação enfrenta, diminuir a lacuna que existe entre estes índices, mas não apontou os factores que podem estar relacionados com esta diferença nestas áreas.
“Temos investido para isso, todo trabalho de proficiência é sempre de médio e longo prazo, não temos como reverter isso no curto prazo. Então continuaremos investindo e trabalhando cada vez mais, para que essa diferença continue diminuindo conforme vai acontecendo. Estamos bastante felizes com essa diminuição, mas temos sempre a consciência de que precisamos trabalhar muito para que alcancemos um nível de igualdade entre os alunos das escolas públicas e privadas”, relata o secretário de educação.
Em relação às demais áreas, linguagens e códigos tiveram a menor diferença entre os ensinamentos, com 9%; Quanto às ciências naturais, a distância entre as médias das escolas privadas e das escolas públicas foi de 15,3% e a das ciências humanas foi de 11,8%.
Porém, as médias das ciências humanas, tanto nas escolas privadas quanto nas públicas, sofreram quedas significativas de 2018 para 2019. Há cinco anos, os alunos das escolas privadas tinham uma média de 618 na área, enquanto os das escolas públicas tinham 550; e no ano seguinte caiu para 561 e 490, respetivamente, e em 2023 passou para 565 para a rede privada e 505 para a rede pública.
A pandemia impactou principalmente as notas das áreas de linguagens e códigos e ciências naturais, que tiveram quedas mais significativas nas médias em 2021. As demais áreas permaneceram com poucas alterações ou mesmo crescimento, como foi o caso da escrita.
Mesmo com a melhora no desempenho da escrita, os estudantes sul-mato-grossenses estão na sétima pior posição no ranking nacional, atrás de Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Paraná e Amazonas.
Descobrir
O Ministério da Educação (MEC) anunciou esta semana o repasse de R$ 44,4 milhões à rede estadual e redes municipais de Mato Grosso do Sul para o Programa Escola de Tempo Integral. Essa iniciativa refere-se às duas parcelas do ciclo 2023-2024, para ampliar as matrículas no ensino integral.
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