Presidente Lula vem ao MS visitar, junto com o governador Eduardo Riedel, Nhecolândia, Aquidauana e Serra do Amolar na manhã desta quarta-feira (31)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava programado para visitar o Pantanal, no Mato Grosso do Sul, desde o mês passado, junto com a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva. Porém, a agenda acabou mudando e o ministro ficou responsável por acompanhar a situação do bioma desde o dia 28 de junho. Os incêndios representam a maior tragédia ambiental que o seu governo enfrenta atualmente.
A Amazônia, que atrai atenção nacional e internacional, registrou redução de 52% no desmatamento. Nesta visita a Corumbá e voo sobre o Pantanal, Lula verá um cenário que mostra mais de 6% do território atingido pelo fogo após um período de quase sete meses de queimadas.
A previsão é que sobrevoe a região da Nhecolândia, onde há incêndios ativos, próximo a Aquidauana, onde o fogo está mais grave desde a semana passada, e também a região da Serra do Amolar, onde as chamas cruzaram a fronteira com a Bolívia. neste domingo (28) e cheguei a esse local importante para a biodiversidade e onde vivem famílias ribeirinhas.
A agenda de Lula no Pantanal, marcada para começar às 8h30 desta quarta-feira (31), e durar até as 12h, será acompanhada pelo governador Eduardo Riedel (PSDB), além de deputados federais da bancada sul-mato-grossense.
Riedel está programado para sobrevoar o Pantanal junto com o presidente, inclusive.
Lula também sancionará uma lei que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.
O Projeto de Lei nº 1.818/2022 foi aprovado no Congresso no dia 3 de julho, mas tramitava no Legislativo Federal desde 2018. Primeiro, pelo PL n. 11.276/18, passando posteriormente para o PL 1818/22.
Foi o ex-presidente Michel Temer quem apresentou o texto, que prevê o uso do fogo em locais onde peculiaridades o justifiquem para práticas agrícolas. Também será permitida a utilização do recurso para pesquisas científicas aprovadas e realizadas por instituição reconhecida; práticas de prevenção e combate a incêndios; cultura de subsistência de povos indígenas, comunidades quilombolas ou tradicionais e agricultores familiares; e formação de brigadas florestais.
A agenda também incluiu a viagem de Lula ao Parque Marina Gatass, em Corumbá, onde fica a sede do Prevfogo/Ibama. Depois de junho, quando os incêndios se agravaram no Pantanal, o governo federal autorizou, em caráter emergencial, R$ 137,1 milhões em recursos extras para o combate às chamas.
DRAGAGEM
Além das queimadas, que já destruíram quase 700 mil hectares de vegetação no Pantanal mato-grossense este ano, a liberação da licença para dragagem de três pontos no rio Paraguai deverá ser um dos temas centrais da agenda do presidente Lula. visita a Corumbá.
A dragagem, entre Corumbá e Porto Murtinho, no chamado trecho sul da hidrovia, já tem R$ 95 milhões previstos no PAC, anunciado em agosto do ano passado. Porém, antes do início das obras, a licença ainda está pendente, o que depende do presidente nacional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Rodrigo Antônio de Agostinho Mendonça.
Na semana passada, a Agência de Desenvolvimento Sustentável de Hidrovias e Corredores de Exportação (Adecon) enviou ofício ao Ibama pedindo prioridade para permitir a retirada de areia do fundo do rio Paraguai em pelo menos três localidades.
Segundo a carta, já houve pedido de dragagem emergencial de etapas críticas desde o dia 7 de julho, mas ainda falta decisão. Segundo a superintendente local do Ibama, Joanice Lube Battilani, a decisão depende de Brasília e “amanhã esse assunto certamente será levado ao presidente”. Ela ainda acompanhará a visita de Lula a Corumbá.
Segundo o presidente da Adecon, Adalberto Tokarski, há “grande risco de paralisação da navegação no trecho sul”. Atualmente, o transporte de minérios está paralisado devido ao baixo nível do rio Paraguai, que na régua Ladário amanheceu com apenas 52 centímetros.
Quando o nível cai abaixo de um metro, o transporte de minério precisa ser suspenso e está abaixo desse nível há exatamente um mês. Por outro lado, este é exatamente o período ideal para trabalhos de dragagem.
LONGA ESPERA
No início de outubro do ano passado, o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, estimou em três ou quatro meses o tempo necessário para a concessão da licença.
Porém, quase dez meses depois, o documento ainda não foi publicado e o transporte de minério nos primeiros cinco meses do ano caiu 50% em relação a 2023. De janeiro a maio foram 1,78 milhão de toneladas, ante 3,55 milhões no mesmo período. período do ano passado.
Portanto, “acredito que o setor mineiro de Corumbá conversará com o presidente Lula sobre a necessidade de manter a dragagem do rio Paraguai para escoamento do minério”, afirmou o superintendente local do Ibama.
Descobrir
A agenda do presidente está marcada para começar às 8h30, e ele deve sobrevoar o Pantanal ao lado de Riedel, sancionar a lei e seguir até o Parque Marina Gatass, onde fica a sede do Prevfogo/Ibama.
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