Entre as situações, a publicação cita que em área aberta foram posicionadas cerca de dez picapes com homens nas caçambas, que rapidamente se dispersaram para cercar agressivamente o grupo Guarani Kaiowá.
O conflito entre povos indígenas e agricultores continua em diferentes áreas do país. De acordo com publicação feita neste sábado (20) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), com base em informações da Comissão Guarani Yvyrupa, ataques foram registrados entre o final da sexta-feira (19), madrugada, e o curso deste sábado, em Douradina (MS) onde indígenas foram baleados, e outros ficaram desaparecidos por horas.
No oeste do Paraná, foram registrados cercos a indígenas em retomadas de área, com risco de despejo ilegal, forçado e incêndio no tekoha Tata Rendy, de propriedade dos Guarani Ava.
Ó Cimi informa ainda que as áreas retomadas na região rural de Douradina continuam contando com a presença de bandidos armados desde a manhã de sábado. Entre as situações, a publicação cita que em área aberta foram posicionadas cerca de dez picapes com homens nas caçambas, que rapidamente se dispersaram para cercar agressivamente o grupo Guarani Kaiowá.
Na manhã deste sábado, também foi noticiado que duas áreas retomadas na Terra Indígena (TI) Dourados Amambaipeguá I, em Caarapó, começaram a ser sobrevoadas por drones e cercadas por picapes
A Força Nacional de Segurança e a Polícia Federal estão presentes no local. A Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), enviou um helicóptero com policiais militares e representantes do MPF para sobrevoar a área de conflito.
Apesar das delegações de MPI, e tentativas de negociação com proprietários de terras e políticos locais, ainda não houve acordo. Nesta segunda-feira (22), deve acontecer uma reunião no Ministério Público de Dourados.
Veja o vídeo
Implantação
No último sábado (13), um indígena Guarani Kaiowá foi baleado em ação em Lagoa Rica/Panambi, município de Douradina. Embora as áreas reivindicadas já estejam delimitadas e reconhecidas como território original com estudos antropológicos, análises estão sendo realizadas pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) quanto à aplicação, ou não, da tese de marco temporal nesses territórios, bloqueando a aprovação da demarcação.
Na tarde de sábado, o povo Guarani Kaiowá realizou ações com um grupo de 10 pessoas visando a retomada de território em Lagoa Rica/Panambi. Segundo relatos, pelo menos 10 picapes conduzidas por pessoas armadas foram até o local reivindicado, com o intuito de intimidar os indígenas que ali estavam.
Dentro desse movimento de carros que cercavam os Guarani Kaiowá, um fazendeiro que estava com outro homem armado baixou o vidro do carro e disparou contra o grupo de recuperação. A bala atingiu um dos indígenas na coxa.
Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, na última segunda-feira (15), em outra ação de reivindicação de terras no tekoha Kunumi, em Caarapó/MS, ocorrida na madrugada, houve relatos de ataques a tiros.
Negociação
Para evitar que os conflitos no campo entre indígenas e agricultores continuem, o Ministério do Índio deve começar a conversar com os produtores da região de Dourados para que aceitem aceitar a indenização, deixando as terras para se tornarem território indígena.
Esse processo de avaliação da possibilidade de compensação na região de Dourados, que conta com diversas reivindicações indígenas pela retomada de terras, será discutido em reuniões entre representantes do MPI e autoridades e órgãos do Estado.
Delegação federal
Esta semana o governo federal enviou uma missão ao Mato Grosso do Sul para garantir a segurança dos indígenas Guarani Kaiowá de Douradina e Caarapó, que sofreram ataques no último final de semana.
A situação de conflito tem sido monitorada pelo ministério, que continuará monitorando com equipes no local para evitar novos conflitos e garantir a proteção dos povos indígenas.
Em coordenação com o MPI, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, assinou nesta terça-feira (16) uma portaria que autorizou o envio da Força Nacional de Segurança Pública para áreas de conflito. Os agentes estão no território para realizar patrulhas noturnas nas terras retomadas.
Participam da operação equipes do Ministério dos Povos Indígenas, Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Ministério Público Federal (MPF), Polícia Rodoviária Federal. (PRF), Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Defensoria Pública, além da Secretaria de Estado da Cidadania.
A autorização para uso da Força Nacional em apoio à Polícia Federal na região de fronteira e em aldeias indígenas localizadas na região do Conesul de Mato Grosso do Sul foi assinada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski no prazo de 90 dias.
** Colaborou com Judson Marinho
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