Mato Grosso do Sul é um dos seis estados que apresentaram aumento no número de Mortes Violentas Intencionais (MVI), passando de 568 mortes em 2022 para 603 no ano passado, uma variação de 6,2%, a terceira maior variação do país. No entanto, este crescimento tem um principal culpado: a letalidade policial.
Destas 603 mortes em 2023, 133 foram causadas por intervenção policial, o que representa cerca de 22,1% do total, além de um aumento de 160,8% de um ano para outro (55 mortes por letalidade policial em 2022), o maior variação entre as unidades federativas, bem à frente de Mato Grosso, segunda maior variação, com 104,6%.
Aprofundando esses números, as mortes decorrentes da intervenção de Policiais Civis em serviço passaram de 18 em 2022 para 33 em 2023. Já as decorrentes de Policiais Militares saltaram significativamente de 33 para 100 (dois fora de serviço) em apenas um ano. Além disso, MS é um dos seis estados em que nenhum policial (sem distinção entre militar ou civil) morreu em confronto.
Esses dados divergem dos divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), pois o órgão não considera os realizados fora de serviço, portanto, a entidade registrou 131 mortes por letalidade policial.
Entre as mortes causadas pela intervenção policial em todo o país, 99,3% são do sexo masculino e 0,7% do sexo feminino. Quanto à raça e etnia das vítimas, 82,7% eram negras, 17% brancas, 0,2% indígenas e 0,1% amarelas.
Quanto ao local de ocorrência, 63,6% em vias públicas, 19,5% em residências, 2,9% em hospitais, 2,5% em áreas rurais, chácaras e sítios e 2,3% em estabelecimentos comerciais. Além disso, os jovens dos 18 aos 24 anos continuam a ser as maiores vítimas dos agentes policiais, representando cerca de 41,5% das mortes nacionais, seguidos por 23,5% dos 25 aos 29 anos e 12,4% dos 30 aos 34 anos.
Além disso, o número de homicídios dolosos caiu 10% (498 para 448). Os roubos também caíram, desta vez de 53,8% (de 13 para 6) e as lesões corporais seguidas de morte foram as únicas, além da intervenção policial, com aumento, e foram de 166,7% (6 para 16). Todos esses números juntos fazem de Mato Grosso do Sul o terceiro maior aumento no IVM, atrás apenas de Mato Grosso (8,1%) e Amapá (39,8%).
Além disso, após dois anos, o estado voltou a registrar mais de 600 casos de IMV, já que em 2021 e 2022 apresentou 511 e 568, respectivamente. Desde 2011, os dados de 2023 foram o quinto pior ano nesse quesito para Mato Grosso do Sul, atrás de 2014, com 648, 2016, com 622, 2012, com 614 e 2020, com 607.
De todas as Mortes Violentas Intencionais no país (46.328 mortes), 73,6% foram utilizadas armas de fogo para cometer o crime, 16,3% armas cortantes, 3,5% agressões (violência física, asfixia, estrangulamento, espancamento, etc.), 1,8% objetos contundentes e 4,7% outros.
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