O Fundo Pantanal Climático, ferramenta criada dentro da Lei Estadual nº 6.160/2023, a primeira do bioma em Mato Grosso do Sul, vem buscando parceiros para doações à plataforma, porém, ainda não conseguiu consolidar nenhum repasse externo , além do aporte realizado pelo governo estadual na sua criação, de R$ 40 milhões.
Para tentar tirar o fundo do papel, o governo do Estado quer criar uma força-tarefa, com entidades ligadas ao agronegócio e organizações não governamentais (ONGs) para divulgar a ferramenta.
“Estamos em conversa com a Famasul [Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul] e ONGs que criem uma força-tarefa do setor produtivo e ambiental para que no final do mês possamos apresentar doações e ter um fundo engordado”, disse Artur Henrique Leite Falcette, secretário executivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência , Tecnologia e Inovação (Semadesc).
Segundo Falcette, no final de julho o governo deverá publicar o edital de convocação dos interessados no Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) do Pantanal, daí a tentativa de aumentar o fundo, já que o pagamento virá da ferramenta.
Como já foi relatado pelo Correio Estadual em junho, o governo tem atualmente conversações avançadas com três possíveis doadores, duas multinacionais ligadas à cadeia produtiva da pecuária e uma ONG, mas o negócio ainda não foi fechado.
A promessa de recursos dessas três entidades, porém, ainda é baixa em relação ao aporte do governo do Estado. Segundo Falcette, a promessa de repasse é de até R$ 500 mil para cada unidade, ou seja, aporte máximo de R$ 1,5 milhão.
“Ainda não tivemos resposta dessas empresas, pois são multinacionais, o assunto já subiu para a diretoria e estamos aguardando um posicionamento”, explicou o secretário executivo.
“Esses doadores têm um potencial muito menor. O governo fez um grande investimento inicial, e entendemos que apenas o governo federal ou o governo de outro país ou alguma grande iniciativa [são capazes] para lidar com este volume”, disse Falcette Correio Estadual em junho.
REGULAMENTO
Apesar de já estar em busca de parceiros desde seu lançamento, no ano passado, o regulamento do Fundo Pantanal Climático deve ser publicado oficialmente com resolução na próxima semana.
Segundo o secretário-executivo, foi realizada na última segunda-feira uma reunião para discutir o regulamento final, uma resolução da Semadesc para complementar o que já havia sido publicado em dezembro, quando a Lei do Pantanal foi aprovada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).
“Estamos conversando com a Famasul e ONGs para criar uma força-tarefa do setor produtivo e ambiental para que no final do mês tenhamos um fundo engordado”, Arthur Falcette, secretário executivo da Semadesc.
A resolução resolve pontos que permaneciam sem especificação, tanto no que diz respeito ao Fundo Pantanal Climático quanto à própria lei do bioma.
“São questões como a mudança do manual do Imasul [Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul] e detalhes sobre o processo de licenciamento, coisas mais técnicas que não estavam detalhadas na lei”, acrescentou Falcette.
Com a publicação dessas especificações, o governo começará a cadastrar os interessados em receber pagamento pelos serviços ambientais prestados no Pantanal.
A previsão é que o edital seja publicado no final de julho e terão início os pagamentos aos produtores rurais que tiveram seu cadastro validado a partir do próximo ano.
CRITÉRIO
Segundo o secretário executivo, dentre os critérios que serão utilizados, o tamanho da área preservada além do determinado pela legislação é um dos mais importantes, porém, não será o único fator determinante para o valor a ser repassado.
Esse primeiro aviso deverá durar um ano, com pagamentos divididos em duas parcelas, sendo a primeira paga assim que o produtor for considerado apto, e a segunda será realizada ao final do período.
Quem for aprovado neste edital não terá limitações de participação de quem segue, pois a ideia é aumentar a preservação do bioma.
“A ideia é justamente provocar ações contínuas de conservação. É exatamente isso que queremos. O pior cenário é um produtor aderir, a gente dá esse recurso para ele e só mantém ele no programa por um ano e no ano seguinte ele abandona e regride. Então acabamos de gastar dinheiro. E cada vez que você entra novamente no PSA é uma nova ação de melhoria, restauração, conservação que você tem que fazer”, disse Falcette Correio Estadual em junho deste ano.
Os projetos de conservação e restauro do imóvel serão realizados em conjunto pela equipe técnica da Semadesc e pelo responsável pela área.
“[Será escolhida] uma ação que seja viável e que ele tenha recursos para fazer”.
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