Um homem de 34 anos foi preso pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) por supostamente estuprar e abusar das cinco irmãs e da sobrinha, quase todas menores, em Paranaíba. Ele foi denunciado indiretamente pela irmã de 11 anos e, segundo relatos das vítimas, as estuprava há oito anos. A menina de 11 anos contou a uma amiga da escola que estava sendo abusada pelo irmão e pelo pai. Segundo ela, a violência sexual aconteceu em maio, mas as denúncias só chegaram à Polícia no final de junho. Além de falar sobre o ato criminoso que sofreu, a menina também disse que suas irmãs sofreram abusos. Após denunciar à amiga, a história chegou à direção da escola, que encaminhou o caso à DAM. Depois disso, a delegacia iniciou as investigações e entrevistou a menina. Ela contou a história que sofreu em maio, na qual conta que seu irmão passou de moto para buscá-la na escola na hora do almoço, porém, em vez de levar a menina para a casa dela, ele a levou para a casa dele. Ao chegar lá, a menina foi levada até o quarto do irmão e dentro do quarto se deparou com outros dois homens. Nesse momento, os três iniciaram o ato violento e só pararam no sexo não consensual porque a mãe dele chegou no momento, mas não percebeu a situação. A menina contou à mãe do homem que havia sido abusada, mas a mulher não quis acreditar. No mesmo dia da entrevista com a menina de 11 anos, com auxílio do Conselho Tutelar, as demais irmãs também foram entrevistadas e identificadas. A partir disso, a DAM concluiu que cinco irmãs (11, 13, 16, 17 e 24 anos) e uma sobrinha (14 anos) já haviam sido agredidas sexualmente pelo homem. A irmã de 17 anos afirmou que sofreu abusos desde os 14 anos, o que já evoluiu para relações sexuais não consensuais. A irmã de 13 anos diz que foi estuprada no ano passado, após o velório de outro irmão, mas não houve sexo. Ambos disseram que os pais foram notificados, mas nenhuma providência foi tomada. A irmã de 24 anos relatou que sofreu abusos quando atingiu a maioridade, aos 18 anos. Ela morava nos fundos da casa da família e, certo dia, o estuprador pulou o muro e tentou estuprá-la, mas foi Não conseguiu, pois a mulher brigou fisicamente com o homem, com a ajuda de um pedaço de vidro. Novamente, a mãe da menina foi avisada, mas não tomou nenhuma providência. A última irmã, hoje com 16 anos, conta que foi assediada durante três anos da sua vida, dos 8 aos 11 anos, quando ele tocava nas partes íntimas da menina. Aos 11 anos, a menina atingiu a menstruação, quando ele começou a forçar relações sexuais com ela, que duraram cerca de cinco anos. Um dia, a menina, que ainda morava com os pais, ficou furiosa e quebrou objetos pela casa e foi questionada pelo pai por que ela fez isso. Ela afirmou que não suportava mais as repetidas relações sexuais não consensuais com o próprio irmão, porém, seu pai apenas lhe disse para esquecer tudo isso. A última da família a denunciar o abuso foi a sobrinha, hoje com 14 anos. Ela conta que, há dois anos, quando ela tinha apenas 12 anos, foram juntos a um rodeio e, ao voltarem para casa, os dois dormiram juntos, ele realizou o ato libidinoso, mas relação sexual. Ao acordar nas primeiras horas da manhã, ela saiu da casa do homem e foi até sua residência. Segundo a DAM, o homem foi preso há duas semanas, no dia 27 de junho, mas para não atrapalhar as investigações, a Polícia divulgou o caso nesta quarta-feira (10). Em entrevista ao jornal local Paranaíba News, a delegada responsável pelo caso, Dra. Eva Maíra Cogo, disse que as meninas tentaram minimizar as denúncias contra o parente, pois disseram que o pai está sofrendo economicamente após a denúncia. “Ele era um indivíduo que ajudava financeiramente quando as coisas estavam apertadas para a família com a alimentação. Então todas essas relações são muito complexas. , vejam todo esse problema, essas relações de poder que eles fazem parte.”, disse o delegado. Lei Henry Borel Em maio de 2022, foi sancionada a Lei Henry Borel, que homenageia o menino de 4 anos que foi morto após ser espancado pelo padrasto no Rio de Janeiro. Esta lei clarifica o crime hediondo de violência doméstica contra menores de 14 anos cometido pelos próprios familiares. “A lei Henry Borel deixa clara a obrigação de quem tem conhecimento de um caso de violência contra uma criança, contra uma menina, um caso de abuso, da obrigação dessa pessoa de denunciar, seja parente ou não.”, reforçou a Dra. Para denunciar casos de maus-tratos contra menores de 18 anos, disque 125 ou 100, ou também compareça pessoalmente em qualquer Conselho Tutelar. Em Campo Grande, a instituição fica na Rua Coronel, 1297, no Jardim São Bento. Assine o Correio do Estado
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