Investimento será da ordem de R$ 270 milhões e após 20 anos o faturamento, em valores atuais, chegará a R$ 1,28 bilhão
A cada 30 minutos uma pessoa é negada o direito a uma vaga hospitalar em Campo Grande. A informação é da própria administração municipal, que usa esse argumento para justificar a necessidade de contratação de empresa privada para construção de hospital municipal. Essa empresa, ao final de 20 anos, terá um faturamento de quase R$ 1,3 bilhão, e terá que investir menos de R$ 300 milhões.
A “festa” de lançamento do projeto aconteceu nesta segunda-feira (01) e nesta terça-feira (2) a administração publicou no Diogrande o edital com mais detalhes sobre a licitação, cujas propostas deverão ser abertas no dia 29 de setembro, pouco mais de uma semana antes da assembleia municipal eleição em que a prefeita Adriane Lopes (PP) deverá buscar a reeleição.
Segundo estudo técnico encomendado pela prefeitura, no ano passado o Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) recebeu 84 mil pedidos de internação em Campo Grande. Destes, mais de 17.700 foram negados. Isso significa uma média de 48 negativas por dia, ou uma a cada meia hora.
“Devido ao grande número de solicitações e, com base na capacidade instalada dos leitos e na complexidade dos casos de cada paciente, no mesmo período foram processadas apenas 65.921 solicitações. Diante dessa situação, tivemos 17.774 mil solicitações de vagas hospitalares que não foram atendidas, fato que demonstra a urgência de agregação de leitos para atendimento à população”, descreve o estudo realizado pela empresa HB Treinamentos, contratada por R$ 212,5 mil .
Se se concretizar, o hospital municipal, previsto para ser construído no bairro Chácara Cachoeira, terá 259 leitos e estará longe de resolver o problema da falta de vagas hospitalares O estudo técnico que sustenta a necessidade de um novo hospital que o A região de Campo Grande, que inclui outros 33 municípios, tem déficit de pelo menos mil leitos.
Atualmente, segundo esse estudo, a Capital conta com 123 estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS e um total de 2.539 leitos para internação hospitalar, incluindo os conveniados pelo SUS e na rede privada. Destes, 1.601 estão disponíveis para pacientes do SUS, sendo 543 leitos em dois hospitais públicos e 1.058 leitos distribuídos em 5 instituições filantrópicas.
Juntas, essas cinco instituições filantrópicas receberam R$ 575 milhões em recursos públicos em três anos, aponta o estudo. Com a construção de um hospital próprio, aponta o estudo, parte deste dinheiro será destinado ao hospital próprio do município.
Porém, por não ter recursos para financiar o projeto, contratará uma empresa privada, que deverá investir cerca de R$ 270 milhões, incluindo equipamentos. E, segundo o estudo técnico, ao final de um período de 20 anos receberá, a título de aluguel, R$ 1,28 bilhão, sem levar em conta as correções que serão feitas a cada ano. O estudo inicial indica que, para um contrato de 20 anos, o valor mensal do aluguel será da ordem de R$ 5,3 milhões.
Porém, caso o contrato se estenda por 30 anos, que é uma das possibilidades destacadas pela consultoria, o retorno do aluguel chegaria a R$ 1,85 bilhão, já que a mensalidade seria de R$ 5,14 milhões por mês.
Este valor incluiria grande parte da manutenção do edifício. Porém, a contratação de médicos e outros profissionais de saúde, que representam um dos principais custos de um hospital, ficará a cargo da prefeitura.
PROJETO
O hospital terá aproximadamente 15 mil metros quadrados de área construída e estacionamento com 225 vagas. O edifício terá quatro pisos, incluindo cave, rés-do-chão, primeiro e segundo andares.
Pela previsão, os 259 leitos serão distribuídos em 49 vagas de pronto atendimento, sendo 20 de Centro de Terapia Intensiva (10 pediátricos e 10 adultos) e 190 leitos de enfermaria (60 leitos pediátricos, 60 leitos adultos para homens e 70 leitos adultos para mulheres ).
Além disso, contará com Unidades de Terapia Intensiva (UTI) adulto e pediátrica, 10 salas cirúrgicas, 53 consultórios e 19 salas para realização de exames. A capacidade será de 1.500 internações por mês; mil cirurgias; 2.500 atendimentos em pronto-socorro; e 13,5 mil consultas e exames.
Segundo a prefeita Adriane Lopes (PP), a previsão é que a unidade seja entregue em até 24 meses. “Este é um hospital com 259 camas, 15 mil metros de construção, um hospital que vai ficar localizado numa zona do concelho. Já existem vários hospitais na região e estamos trazendo esse avanço, ampliando o número de vagas para atendimento em nossa Capital. Um projeto esperado, que está no Plano Municipal de Saúde há 10 anos, mas que agora está se tornando realidade”, declarou o prefeito durante evento de apresentação do projeto.
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