Ó político de extrema direita Jordan Bardellacujo partido lidera as sondagens para as eleições legislativas em Françaafirmou nesta quinta-feira (27) que não permitirá que “o imperialismo russo absorva um Estado aliado como a Ucrânia”, embora seja contra o envio de tropas ao território ucraniano.
“Minha posição é muito simples neste conflito […] É para apoiar a Ucrânia e para evitar uma escalada com a Rússia, que é uma potência nuclear”, declarou Bardella durante um debate televisivo com o primeiro-ministro Gabriel Attal e o candidato de esquerda Olivier Faure.
Bardella, que deverá ser primeiro-ministro caso o partido que preside, o Reagrupamento Nacional (RN), consiga a maioria absoluta nas eleições de 30 de junho e 7 de julho, reiterou que o envio de tropas francesas para a Ucrânia implicaria “um risco de cobeligerância” , de “escalada”.
“Também me oponho ao envio de mísseis de longo alcance que poderiam, por exemplo, atacar diretamente o território russo e colocar a França e os franceses numa situação de beligerância”, acrescentou o líder da extrema-direita, cujo partido é visto há muito tempo como próximo do Moscou.
As declarações de Bardella surgem no meio de polémica em França devido a comentários de Marine Le Pen, líder ‘de facto’ do RN, que sugeriu que o presidente francês Emmanuel Macron teria dificuldade em enviar tropas para a Ucrânia, cenário que ela não descarta. , se o seu partido vencer.
“Sem questionar a prerrogativa do presidente em termos de envio de tropas para o estrangeiro, o primeiro-ministro tem, através do controlo orçamental, um meio de se opor a ela”, escreveu Le Pen na rede social X.
Para Attal, da aliança de centro-direita de Macron, as palavras de Le Pen são “uma mensagem muito séria para a segurança dos franceses” enviada “às potências mundiais, ao mundo inteiro”.
Faure, representante da coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP), disse ser “a favor” do envio de mísseis se eles forem usados para atacar “infraestruturas” em território russo que são usadas “para bombardear solo ucraniano”.
Se o RN conseguir a maioria absoluta, Macron poderá ser forçado a partilhar o poder com um governo de outra ideologia, numa hipotética “coabitação”.
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