O movimento libanês Hezbolá anunciou nesta quinta-feira (27) que bombardeou uma base militar no norte de Israelem resposta aos ataques israelitas que mataram um dos seus combatentes, no meio de receios crescentes de uma escalada da guerra regional.
O poderoso movimento xiita apoiado pelo Irão disse num comunicado que lançou “dezenas de foguetes Katyusha” contra “a principal base de defesa aérea e antimísseis” no norte de Israel.
O Hezbollah indicou que realizou estes disparos em resposta a dois bombardeamentos israelitas, um dos quais ocorreu esta quinta-feira em Sohmor, no leste do Líbano, e outro no dia anterior em Nabatieh, no sul, onde cinco pessoas ficaram feridas.
O movimento islâmico xiita disse que um de seus combatentes foi morto no ataque a Sohmor. Segundo a Agência Nacional de Informação Libanesa (AIN), um drone atacou um motociclista na localidade.
O exército israelita disse que um membro do Hezbollah foi “eliminado num ataque aéreo na região de Sohmor” e que os seus caças atacaram “estruturas militares” no sul do Líbano.
O grupo xiita, aliado do Hamas, que governa Gaza, também disse ter realizado outros dois bombardeamentos esta quinta-feira contra posições militares israelitas, incluindo um com drones, enquanto a AIN reportou ataques israelitas no sul do Líbano.
O Exército israelense informou que dois drones vindos do Líbano caíram no norte de Israel, sem relatar quaisquer vítimas.
A fronteira entre os dois países tem visto duelos de artilharia quase diariamente desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, em 7 de outubro.
Os temores de uma conflagração regional aumentaram nos últimos dias.
O chefe dos Assuntos Humanitários da ONU, Martin Griffiths, alertou na quarta-feira sobre o risco “potencialmente apocalíptico” de uma expansão da guerra de Gaza para o Líbano.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, declarou na quarta-feira em Washington que o seu país não quer uma guerra no Líbano, mas que poderá levar o país vizinho “de volta à Idade da Pedra” se a diplomacia falhar. .
A França disse na Quinta-feira que estava “extremamente preocupada com a gravidade da situação no Líbano” e apelou a todas as partes para exercerem “a máxima moderação”.
Mais de oito meses de confrontos entre o Hezbollah e o Exército israelense resultaram em pelo menos 482 mortes no Líbano, a maioria combatentes do movimento libanês, além de 94 civis, segundo um levantamento da AFP.
Do lado israelense, pelo menos 15 soldados e 11 civis foram mortos, segundo Israel.
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