A Justiça dos Estados Unidos condenou nesta quarta-feira (26) o Ex-presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, a 45 anos de prisãodepois de ser considerado culpado de tráfico de drogas e armas em 8 de março.
Em audiência em Nova York, o juiz Kevin Castel também decidiu que Hernández, 55, que foi presidente por dois mandatos consecutivos, de 2014 a 2022, deverá pagar multa de 8 milhões de dólares (R$ 44 milhões) e cumprir 5 anos de liberdade supervisionada após saindo da prisão.
“O papel de Juan Orlando Hernández foi usar seu poder político como presidente do Congresso e como presidente de Honduras para minimizar o risco dos traficantes de drogas em troca de dinheiro”, disse o juiz ao ler a sentença.
“Sou inocente e fui acusado injustamente e indevidamente”, disse o ex-presidente, que entrou no tribunal com uma bengala devido a um acidente a jogar futebol, conforme explicou o seu advogado, Renato Stabile.
Hernández ouviu de pé a sentença do juiz Castel, que foi bastante duro em seus argumentos, embora tenha imposto praticamente a pena mínima para os três crimes acusados ao ex-presidente hondurenho por um júri popular em 8 de março.
“Narcoestado”
Fiel colaborador do governo do republicano Donald Trump (2017-2021), Hernández chegou a gabar-se dos elogios de Washington ao trabalho do seu governo na luta contra o tráfico de drogas.
No entanto, a promotoria de Nova York o acusou de criar um “narcoestado” e de transformar Honduras em uma “superestrada” por onde passava grande parte das drogas provenientes da Colômbia.
Entre 2004 e 2022 – desde os seus cargos de deputado, presidente do Congresso e depois presidente da República – Hernández participou e protegeu uma rede que enviou mais de 400 toneladas de cocaína aos Estados Unidos, detalhou esta quarta-feira o procurador.
Em troca, teria recebido milhões de dólares de cartéis de drogas, incluindo o traficante mexicano Joaquín “Chapo” Guzmán, condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos.
Extraditado em abril de 2022 para os Estados Unidos, três meses depois de entregar a presidência à sua sucessora, a esquerdista Xiomara Castro, Hernández teria sido o autor da célebre frase: “Vamos enfiar drogas nos narizes dos estrangeiros e eles nem vai notar.” , segundo uma testemunha no julgamento.
Outros acusados no mesmo caso, incluindo o seu irmão Tony Hernández e o seu colaborador próximo Geovanny Fuentes, já foram condenados à prisão perpétua.
Também no mesmo processo, o ex-chefe da polícia hondurenha Juan Carlos Bonilla, conhecido como “El Tigre”, e o policial Mauricio Hernández Pineda se declararam culpados de tráfico de drogas, evitando julgamento junto com o ex-presidente.
Desde 2014, cerca de cinquenta hondurenhos acusados de tráfico de drogas foram extraditados ou entregues voluntariamente à justiça dos Estados Unidos.
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