O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse nesta terça-feira (25) que a área econômica do governo e o Congresso Nacional chegaram a um acordo sobre medidas para compensar a perda de arrecadação com a desoneração da folha de pagamento para 17 setores do economia e para os pequenos municípios e sobre a proposta de renegociação da dívida estadual. Segundo ele, é possível aprovar os dois temas antes do início do recesso parlamentar, marcado para 18 de julho.
“Temos agora uma perspectiva concreta de, antes do recesso, ter a apreciação e aprovação desses dois temas e retirar esses dois temas da lista de nossas necessidades e prioridades de solução, para que possamos avançar com outras agendas propositivas para o Brasil” , ele disse .
Segundo Pacheco, as propostas para compensar a desoneração da folha de pagamento envolvem programas de repatriação de recursos ao exterior, atualização patrimonial e resolução de multas junto aos órgãos reguladores. “Será um programa do tipo Desenrola para poder regularizar quem tem dívidas com essas agências reguladoras e que poderá ter incentivo para pagar com redução de multas e juros dessas obrigações.”
Além disso, segundo Pacheco, a tributação das compras internacionais de até US$ 50, que foi aprovada no Congresso e aguarda sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também poderia ser uma fonte de receita considerada para compensar a isenção.
“Existe hoje a convicção da nossa parte e do Ministério das Finanças de que a questão da desoneração da folha de pagamento, tanto para os municípios como para os 17 setores, será resolvida com estas fontes de compensação”, disse Pacheco.
Dívidas do Estado
O presidente do Senado também acertou com o governo a proposta de renegociação das dívidas dos estados, que prevê a possibilidade de o patrimônio dos estados ser utilizado para amortizar e pagar a dívida com a União. Também deverá haver redução dos juros indexadores da dívida, atualmente fixados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4%.
Pela proposta, esses 4% poderiam ser transformados em ágios pelos bens entregues e também poderiam ser substituídos por investimentos nos estados, especialmente em educação, infraestrutura e segurança pública. “Ou seja, em vez de pagar juros à União, os estados endividados se comprometem com investimentos em troca da redução do índice”, explicou Pacheco.
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