Keylor Navas é acusado de trabalho análogo à escravidão, diz jornal francês

Maior nome da história da Costa Rica no futebol, Keylor Navas está sendo investigado por trabalho análogo ao escravo.

Segundo a emissora francesa BFM TV, a investigação aberta contra o guarda-redes deveu-se ao facto de este ter alegadamente mantido um homem em condições ilegais durante 20 meses.

Ele não iria mais disputar a Copa América, pois já havia anunciou sua aposentadoria da seleção nacional.

O funcionário que seria vítima de Navas disse ao Ministério Público de Versalhes que trabalhava 90 horas semanais na casa do atleta, onde morava em um sótão úmido e sem janelas. O denunciante destacou ainda que o costarriquenho prometeu registrá-lo profissionalmente, mas nunca cumpriu.

O acordo entre as duas partes foi verbal, sem qualquer tipo de registro ou pagamento de tributos. O salário foi pago em dinheiro. Segundo o defensor do reclamante, o goleiro o obrigou a portar armas em sua propriedade.

Ao tomar conhecimento da notícia, Keylor Navas publicou comunicado oficial nas redes sociais. Ele afirma que as acusações são falsas e que tomará medidas legais.

“Após notícias publicadas por um veículo francês nos últimos dias, em que foram feitas acusações falsas, infundadas e gravíssimas que afetam a mim e à minha família, decidi colocar o assunto nas mãos dos meus advogados para que sejam tomadas as medidas legais necessárias. levado”, postou Navas.

O goleiro que se destacou na Copa do Mundo de 2014, na histórica campanha da Costa Rica até as quartas de final, não iria mais participar desta edição da Copa América.

Apesar de ter participado de parte do ciclo da próxima Copa do Mundo, ele já havia anunciado que não vestiria mais a camisa da seleção —em maio deste ano.

O momento de Navas não é bom. Depois dos anos de glória no Real Madrid, o goleiro não conseguiu manter a sequência no PSG e se tornou reserva absoluto, com a chegada de Donnarumma, em 2021.

Desde então, já foi emprestado ao Nottingham Forest, retornou à seleção francesa, onde não permanecerá na próxima temporada. O costarriquenho tem recebido consultas de clubes dos Estados Unidos e da Arábia Saudita.

Contudo, o andamento das negociações para o trabalho análogo ao escravo poderá influenciar o seu futuro.