O presidente Lula disse ontem que em breve lançará um plano de segurança para reduzir a violência no Brasil. Aguarda apenas declarações de ex-governadores, como Camilo Santana, do Ceará, e Rui Costa, da Bahia, hoje ministros de sua equipe. O petista levantou o assunto 48 horas após a divulgação do mapa do derramamento de sangue no país, por meio do Atlas da Violência.
As estatísticas oficiais mostram que o Brasil registrou 46.409 homicídios em 2022, uma taxa de 21,7 por 100 mil habitantes. O Atlas revela que esse número está subestimado, devido ao grande número de mortes violentas por causas indeterminadas ocorridas no país. Os autores do estudo estimaram 52.391 homicídios em 2022, somando o número de casos registrados oficialmente com os que permaneceram ocultos.
Entre 2012 e 2022, 131.562 pessoas morreram de forma violenta sem que o Estado conseguisse identificar a causa básica da morte, seja ela resultante de acidentes, suicídios ou homicídios – as chamadas mortes violentas por causas indeterminadas (MVCI). Este fenómeno aumentou consideravelmente em 2018 e 2019. Utilizando um método de aprendizagem automática, os autores do Atlas da Violência de 2024 estimaram 51.726 homicídios ocultos no total de MVCI de 2012 a 2022.
Com isso, as estatísticas oficiais saltariam de 609.697 para 661.423 no mesmo período. “Para que possamos entender melhor a magnitude do problema, o total de homicídios ocultos nesses 10 anos foi maior que todos os homicídios ocorridos no último ano analisado”, explica Daniel Cerqueira, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e coordenador do Atlas. Só entre 2019 e 2022, ocorreram 24.102 homicídios ocultos no Brasil, o que equivale à queda de 160 Boeings completos, sem sobreviventes.
A análise das estatísticas oficiais mostra que, entre 2019 e 2022, a variação da taxa de homicídios no país foi zero, tendo aumentado na região Nordeste (6,1%) e Sul (1,2%) e diminuindo nas demais regiões, com destaque para no Centro-Oeste, que registrou redução de 14,1% nos homicídios no período.
Entre 2012 e 2022, a maior redução na mortalidade violenta veio do Distrito Federal (-67,4%), seguido por São Paulo (-55,3%) e Goiás (-47,7%). Os maiores aumentos ocorreram no Piauí (47,9%), Amapá (15,4%) e Roraima (14,5%). Em 2022, a Bahia apresentava a maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes (45,1), seguida pelo Amazonas (42,5) e Amapá (40,5). As três menores taxas do ano vieram de São Paulo (6,8), Santa Catarina (9,1) e Distrito Federal (40,5).
Em publicação complementar ao Atlas, Retrato dos Municípios Brasileiros destaca que a Bahia tem sete das 10 cidades com maior número de homicídios no ranking, sendo as cinco primeiras Santo Antônio de Jesus (94,1%), Jequié (91,9%) , Simões Filho (81,2%), Camaçari (76,6%) e Juazeiro (72,3%). Além disso, Salvador aparece como a capital mais violenta do país. No Estado, praticamente todos os municípios litorâneos tiveram, em 2022, taxas acima de 47 homicídios estimados por 100 mil habitantes.
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