As taxas de juros futuros fecharam a sessão em queda nos contratos de curto e médio prazo e estáveis nos vencimentos longos. As taxas caíam em toda a extensão da curva, de forma mais acentuada nos picos intermédios, mas à tarde houve uma redução significativa do dinamismo, dada a deterioração da taxa de câmbio, os receios relacionados com a transição no Banco Central, o aumento da cautela no exterior e com a piora da percepção do risco fiscal em segundo plano.
No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interbancário (DI) para janeiro de 2025 estava em 10,630%, de 10,714% ontem no reajuste, e o DI para janeiro de 2026 caiu de 11,35% para 11,23%. O DI para janeiro de 2027 teve taxa de 11,60% (de 11,67%) e o DI para janeiro de 2029 ficou em 12,03%, estável.
A decisão de manter a Selic em 10,50% e por consenso representou um alívio para o mercado. Uma divisão da pontuação nos moldes da última reunião, com os diretores indicados pelo governo Lula defendendo um corte nas taxas, prejudicaria ainda mais a credibilidade do Banco Central e esvaziaria o argumento de que as ações são técnicas. Também agradou a apresentação do cenário alternativo no comunicado do Copom, em que a inflação converge para a meta de 3% considerando a Selic estável ao longo do horizonte relevante da política monetária, que, por enquanto, é 2025.
O resultado do Copom reduziu a precificação altista da Selic nas demais reuniões de 2024, mas a curva ainda manteve um prêmio não desprezível para uma retomada do aperto ainda este ano. Para dezembro, projetava taxa de 11,10%, ante 11,35% ontem. Ao final de 2025, os prêmios permaneciam bastante elevados, ao preço de 12,00%.
Para o economista-chefe da Reag Investimentos, Marcelo Fonseca, a reação do mercado ao Copom foi modesta, já que a unanimidade em torno da estabilidade da Selic era algo bem precificado. “Qualquer coisa diferente disso seria ruim”, disse ele, o que ajuda a explicar a manutenção da precificação dos aumentos da Selic na curva nas próximas reuniões.
O ponto principal, porém, é a preocupação com o cenário fiscal. “Será o grande teste para a política monetária em 2025. As próximas semanas e meses desafiarão a vontade do governo de fazer um ajustamento, pois o quadro é frágil e não pode ser considerado uma âncora fiscal”, prevê.
Nas tabelas de renda fixa, os profissionais também mencionam que o câmbio está se consolidando como uma variável importante para limitar a abertura de posições vendidas em DI. À medida que a taxa se aproxima de R$ 5,50, a perspectiva é que haja um grande repasse para a inflação. A cotação à vista fechou hoje no maior patamar do governo Lula, em R$ 5,4619, máxima desde julho de 2022 (R$ 5,4988).
O mercado ainda está incomodado com os ruídos em torno das mudanças no Banco Central, que agora fazem parte da agenda dos investidores. O mandato do presidente Roberto Campos Neto termina em dezembro. O fato de Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária, ter votado pela manutenção da Selic foi bem visto, pois é considerado o favorito da equipe econômica para assumir o comando da autarquia. Mas, segundo a Coluna do Estadão, uma ala do PT passou a defender a indicação de André Lara Resende.
A palavra final será do presidente Lula e, a partir do nome escolhido, o mercado começará a se perguntar como será a política monetária no próximo ano. Ele lamentou ter mantido a taxa Selic em 10,50%: “foi uma pena”.
No exterior, as taxas de juro do Tesouro passaram o dia a subir, apoiadas por dados económicos melhores do que o esperado e por declarações agressivas do presidente da Reserva Federal (Fed) de Minneapolis, Neel Kashkari. No final da tarde, a taxa das notas do Tesouro a dez anos subia para 4,252%.
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