Por Fabrício de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – A moeda fechou terça-feira em leve alta frente ao real, com investidores evitando mudar radicalmente de posição antes da decisão de quarta-feira sobre as taxas de juros, enquanto no exterior a moeda norte-americana perdeu força após números abaixo do esperado pelo varejo norte-americano.
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4339 reais na venda, alta de 0,22%. Este é o maior preço de fechamento desde 4 de janeiro de 2023 – início do governo Lula – quando fechou a 5,4513 reais. Em junho, a moeda acumulou alta de 3,48%.
Às 17h05, na B3 (BVMF:) o contrato de primeiro vencimento subia 0,13%, a 5,4375 reais na venda.
A moeda norte-americana abriu o dia novamente em alta frente ao real, dando continuidade ao movimento mais recente de aversão aos ativos brasileiros, em meio a preocupações com o equilíbrio fiscal, e influenciada pela alta do dólar no exterior.
O cenário mudou na primeira hora de negócios, com o dólar perdendo força no exterior e no Brasil após a divulgação dos dados do varejo norte-americano. O Departamento do Comércio informou que as vendas no varejo dos EUA aumentaram 0,1% no mês passado, após uma queda revisada para baixo de 0,2% em abril. Economistas consultados pela Reuters previam que os preços aumentariam 0,3% em maio.
Nesse cenário, após registrar cotação máxima de 5,4436 reais (+0,40%) às 9h, na abertura do pregão, o dólar à vista atingiu mínima de 5,3926 reais (-0,54%) às 11h03, já após os dados do varejo.
No restante do dia, porém, a moeda norte-americana permaneceu próxima da estabilidade, até reacelerar pouco antes do fechamento, com os investidores aguardando a decisão de quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A aposta majoritária no mercado de renda fixa é manter a taxa básica em 10,50% ao ano.
Segundo profissionais ouvidos pela Reuters, mais do que a decisão em si, o mercado quer saber como serão os votos dos nove membros do Copom.
Caso a decisão volte a ser dividida – como na reunião anterior, em maio – a expectativa é de nova pressão altista sobre o dólar, por temores de que, com a saída de Roberto Campos Neto da presidência do BC no final de 2024, a instituição se torna mais tolerante com a inflação.
“As incertezas fiscais e as incertezas em relação ao BC estão prejudicando muito os preços dos ativos financeiros. Na verdade, a moeda brasileira está se desvalorizando mais do que a própria moeda argentina, e a situação da economia argentina é infinitamente pior que a brasileira”, disse Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em comentário enviado aos clientes esta manhã.
“Enquanto não houver luz sobre a equação fiscal, sobre como o governo vai cumprir o marco sem apenas pressionar a arrecadação de impostos e sem luz sobre o que será o novo BC, quem será o presidente e quais serão os linha será Aí o mercado continua com essa incerteza”, completou.
Em meio às expectativas para o Copom, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou as críticas ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, pela manhã, acusando-o de trabalhar para prejudicar o Brasil.
“O presidente do Banco Central não demonstra qualquer capacidade de autonomia, tem um lado político e, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar”, afirmou.
No exterior, às 17h12, o índice – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis moedas – caía 0,02%, para 105,250.
Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional oferecidos para rolagem dos vencimentos de agosto.
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