A aposentada Regina Maria Koerich Guimarães, 72 anos, não é nada fácil, mas durante 60 anos se dedicou a construir uma vida em Florianópolis. Agora, já aposentada, ela busca vivenciar o que de melhor a cidade tem a oferecer. “Moro perto da Beira-Mar Norte e só passear por aqui, ver o pôr do sol, não tem preço. Os idosos precisam de companhia, precisam ver as pessoas e interagir, e nesse sentido Florianópolis é ótima”, considera.
Acompanhados da amiga Glória dos Santos, 63 anos, os dois dizem que não abrem mão da atividade física, contribuindo para uma vida mais saudável. “Adoro caminhar e quando você combina isso com uma paisagem como Florianópolis é diferente de tudo. Precisamos reconhecer que a cidade ajuda”, finaliza Glória.
O aposentado Carlos Almeida, 70 anos, não nega a paixão que tem pela cidade e pelas oportunidades que ela oferece. Ele é morador de Porto Alegre, mas devido às enchentes que assolaram o estado vizinho, está há cerca de 40 dias em sua casa na ilha.
“A qualidade de vida aqui é muito boa. Minha cidade também é muito boa, mas aqui é mais seguro, posso passear sem me preocupar. E gosto muito de me exercitar e tenho visto muitos equipamentos espalhados pela cidade voltados para a terceira idade. Adoro isto aqui”, disse Almeida.
Florianópolis está entre as melhores cidades do país para envelhecer, segundo o IDL (Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade) e, para garantir melhor qualidade de vida aos idosos da Capital, a Prefeitura de Florianópolis sancionou a lei que institui o decreto da Ebapi ( Estratégia Brasil Amigo do Idoso) no município, na manhã desta segunda-feira (17).
Segundo a gestão municipal, o decreto visa promover a qualidade de vida dos idosos e garantir o envelhecimento ativo e saudável, para implementar a Política Nacional do Idoso por meio de políticas públicas e ações que atendam às necessidades desse segmento da população.
Esta assinatura regulariza uma estratégia que utiliza a metodologia proposta pela OMS (Organização Mundial de Saúde), adaptado à realidade brasileira, com o objetivo de tornar as comunidades e cidades amigas dos idosos.
“Atualmente, Florianópolis tem quase 100 mil pessoas com mais de 60 anos e o número de idosos não para de crescer. A lei consolida as políticas públicas que a prefeitura já implementa e prevê outros desafios para a nossa cidade”, declarou o prefeito Topázio Neto.
Ainda segundo a prefeitura, o município já realizou o diagnóstico e, com a aprovação da lei, os próximos passos envolvem a execução de ações que abrangem oito dimensões: ambiente físico, transporte e mobilidade, moradia, participação, respeito e inclusão, comunicação e informação, oportunidades de aprendizagem, saúde e cuidados.
Todo o plano foi realizado em parceria com o Conselho Municipal do Idoso e a Assessoria de Políticas Públicas para o Idoso, órgão municipal que trabalha com os direitos dessa população.
Compromisso Florianópolis
“Serão diversas áreas de atuação nas áreas de transporte, saúde, educação, mobilidade urbana, segurança pública, além de outras atividades que a prefeitura agora se compromete a trabalhar de forma eficaz para implementar essas políticas públicas com a participação da sociedade civil e com o Conselho Municipal dos Direitos do Idoso”, acrescenta Topázio Neto.
Os municípios que se destacarem na implementação dessas ações serão reconhecidos pelo governo federal e receberão certificados e selos que atestam a eficiência e eficácia das políticas oferecidas aos idosos.
Clube Doze de Agosto será reaberto
A sanção da lei também trouxe excelentes notícias para quem sente falta do tradicional Clube Doze de Agosto. Segundo anúncio feito pelo prefeito à NDTV, o espaço, localizado na Avenida Hercílio Luz, no Centro, será reaberto no dia 12 de agosto, em homenagem ao seu nome.
“Vamos inaugurar grande parte da estrutura, principalmente o salão de eventos, onde receberemos nossos grupos de idosos de toda a cidade para conviver e cuidar da saúde e do espírito. Vai ser muito legal”, destaca o prefeito.
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