Por Fabrício de Castro
SÃO PAULO (Reuters) – O preço à vista fechou novamente acima de 5,40 reais nesta segunda-feira, impulsionado novamente pelas preocupações dos investidores com o equilíbrio fiscal do Brasil e pela cautela antes da decisão do Copom sobre as taxas de juros na quarta-feira, embora no exterior a moeda norte-americana tenha caído em relação para moedas fortes.
A queda após a decepção com os dados econômicos da China também pesou sobre o real.
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4221 reais na venda, alta de 0,76%. Este é o maior preço de fechamento desde 4 de janeiro de 2023 – início do governo Lula – quando fechou a 5,4513 reais. Em junho, a moeda acumulou alta de 3,26%.
Às 17h41, na B3 (BVMF:) o contrato de primeiro vencimento subia 0,83%, a 5,4270 reais na venda.
Mesmo após ter acumulado altas semanais nas quatro semanas anteriores, o dólar voltou a subir nesta segunda-feira com profissionais citando o desconforto dos investidores com o cenário fiscal brasileiro.
“Temos claro que são as questões internas que influenciam os preços: o desgaste político do governo, os alertas dos jornais sobre as dificuldades, o fraco diálogo com o Congresso e o fim do espaço para ajuste fiscal do lado das receitas”, citou André Galhardo, economista consultor da Remessa Online.
Segundo ele, a questão fiscal colocou o mercado cambial brasileiro em sentido contrário nesta sessão, que deu lugar a uma cesta de moedas fortes. Ao mesmo tempo, a queda do minério de ferro – importante produto de exportação do Brasil – penalizou mais uma vez o real.
“O (real) do Brasil é visto como uma moeda commodity. Sempre que a China perde força, o real também perde força”, disse Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em comentário enviado a clientes esta manhã. .
“Na verdade, o real já se desvalorizou mais de 10% este ano. Ele vem sofrendo muito desde que começou esse movimento de deterioração no Brasil, que vai totalmente na contramão do que está acontecendo lá fora”, acrescentou, lembrando que a economia norte-americana vai bem.
As preocupações com a área fiscal continuaram a permear os negócios, assim como a cautela antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na quarta-feira. Na curva de juros, a precificação aponta para manutenção da taxa básica Selic em 10,50% ao ano, mas o mercado aguarda para saber se a decisão do Copom será novamente dividida.
Profissionais ouvidos pela Reuters apontaram que a nova divisão de votos irá estressar mais uma vez os ativos do Brasil – especialmente a taxa de câmbio, que é muito sensível ao aumento da percepção de risco.
Pela manhã, as expectativas do mercado voltaram a indicar piora do cenário. O Banco Central informou que, segundo o relatório Focus, a mediana das projeções do mercado para a inflação em 2024 subiu de 3,90% para 3,96% e em 2025 passou de 3,78% para 3,80% –neste segundo caso, na sétima elevação consecutiva . Além disso, a projeção da Selic para o final deste ano foi de 10,25% para 10,50%, indicando que os economistas não esperam mais um corte adicional de 25 pontos base na taxa básica no ciclo atual.
Nesse ambiente, o dólar à vista oscilou entre a cotação mínima de 5,3726 reais (-0,16%) às 9h, na abertura dos negócios, e a cotação máxima de 5,4322 reais (+0,95%), às 15h31. .
No exterior, às 17h36, o índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta ponderada de seis moedas – caía 0,20%, para 105,330.
Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional oferecidos para rolagem dos vencimentos de agosto.
banco pan empréstimo
emprestimo online simular
empréstimo 40 mil
tabela de empréstimos
emprestimo para servidor publico municipal
emprestimo fgts banco pan
qual o melhor banco para liberar emprestimo
antecipar renovação claro