Um homem de 45 anos, cuja identidade não foi divulgada pela Polícia Civil, morreu na madrugada de hoje (1º) após perder o equilíbrio e cair no Rio Aquidauana enquanto andava de barco, próximo ao município de Aquidauana, 141 quilômetros de Campo Grande. Equipes do Corpo de Bombeiros estiveram no local para retirar o corpo da vítima.
Segundo informações de testemunhas, o acidente ocorreu por volta das 5h, próximo à região de Ponte de Ferro, quando o homem parou o barco no rio para urinar e, após perder o equilíbrio, caiu na água.
Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas ao local. A área apresentava muitas rochas submersas, o que levou os militares a reavaliarem a forma de prestar assistência. Eles realizaram manobras na superfície para movimentar as águas do rio e, por volta das 9h30, o corpo do homem foi encontrado.
O corpo foi encaminhado à Polícia Civil, que fará perícia técnica para finalizar o caso.
Rios do MS abaixo do mínimo
Não só o rio Aquidauana, mas também o rio Paraguai está cada vez mais baixo, dificultando a navegação e paralisando as exportações.
Segundo apurou o Correio do Estado junto de fontes do sector, diversas situações agravadas pelo défice hídrico ocorreram em diferentes pontos do leito do rio, dificultando o transporte de minério de ferro, cereais e também combustíveis.
Porém, o transporte interno, que é realizado por embarcações de menor porte, ainda está ativo, porém, é necessário utilizar canais previamente determinados, tendo em vista que existem vários bancos de areia, colocando em risco a navegação.
O gerente de operações portuárias do Grupo FV, em Porto Murtinho, Marcelo Martins Oviedo, relata em entrevista ao Correio do Estado que as operações deste ano já foram encerradas. “Se pegarmos os números disponíveis no site do terminal portuário, com tarifa de US$ 7 por tonelada, em relação a 2023, deixamos de movimentar aproximadamente 1,496 milhão de toneladas”, revela.
Com um volume de 1,628 milhão de toneladas embarcadas no ano passado pelo terminal portuário do Itaum, Oviedo destaca que, neste ano, o prejuízo é milionário. “Foram enviadas 131.973 mil toneladas. Movimentamos aproximadamente apenas 10% do total em relação a 2023”, detalha o gestor.
Dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) mostram que, somente até o primeiro semestre deste ano, a movimentação do transporte aquaviário no trecho caiu 50% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram movimentadas 4,51 milhões de toneladas. pela principal bacia hidrográfica do Estado, resultando em queda de 2,28 milhões de toneladas transportadas.
NÍVEL
O nível atual do rio Paraguai é o mais alarmante já registrado desde o início do monitoramento. Segundo a régua do Ladário, administrada pela Marinha do Brasil e que serve de referência para avaliar as condições do rio, o nível estava em menos 30 centímetros na sexta-feira. Este é o número mais baixo registado nos últimos quatro anos.
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