O Brasil conta atualmente com 403 projetos voltados à terceira idade, que abrangem cerca de 30 aspectos da vida dessa parcela da população. Quase metade (48,1%) beneficia diretamente mais de mil pessoas, quatro em cada dez iniciativas (39%) são geridas por organizações da sociedade civil e cerca de dois terços delas (62,3%) estão ativas há cinco anos ou mais.
O mapeamento com esses dados foi realizado pelo Lab Nova Longevidade, em parceria com a Ashoka, rede global de empreendedorismo social, o Instituto Beija, que atua na área de filantropia, e a associação Itaú Viver Mais. Nesta terça-feira (1º), quando é comemorado o Dia do Idoso, a pesquisa traz informações relevantes para identificar quais áreas de cuidado e regiões do país são mais desconsideradas, inclusive pelo poder público, que é responsável por apenas 4% dos projetos em funcionamento.
Segundo os especialistas que investigaram e levantaram os dados, a região Sudeste do país é a que tem mais iniciativas (62%), ou, pelo menos, a que mais se interessou em participar da pesquisa. Em seguida vêm o Nordeste (19%), o Sul (11%) e o Centro-Oeste (5%). Por último, com apenas 3% dos projetos, está a Região Norte.
Em relação aos estados, São Paulo (42,2%) lidera a lista, ao lado de Rio de Janeiro (10,2%), Minas Gerais (9,7%), Pernambuco (7,2%), Rio Grande do Sul (5,2%) e Bahia (5,2%). %). Além do Distrito Federal, 24 dos 26 estados brasileiros participaram do mapeamento com pelo menos uma iniciativa. Acre e Rondônia não tiveram projetos reportados ou identificados.
Além das organizações da sociedade civil, o setor privado (22%) também se destaca por manter girando a roda dos projetos, startups (11%) e produtores de conteúdo e mídia (11%).
As propostas feitas por pesquisadores e institutos ou grupos de pesquisa superam a participação governamental. A academia responde por 9% das iniciativas, percentual superior às ações governamentais (4%). Os investigadores são os principais (44%) que impulsionam as iniciativas da sua responsabilidade.
Conselhos de Idosos e aceleradoras ou incubadoras também demonstraram comprometimento com a causa, embora muito menos que organizações com outros perfis. No total, estão atrás de 3% e 1% dos projetos mapeados, respectivamente.
Em relação aos temas abordados pelos projetos, o que predomina é o envelhecimento saudável (82%), novas narrativas para a longevidade (70%), diversidade e inclusão (66%), intergeracionalidade (65%) e combate ao idadismo (61%).
Entre os temas incluídos em menos da metade das iniciativas, foram identificados educação continuada (49%), cuidado familiar (46%), inclusão digital (43%), acesso à saúde (39%), acessibilidade (37%), empreendedorismo . sénior (36%), empregabilidade (28%), interseccionalidade (27%), educação financeira (24%), reconversão profissional (21%) e educação para os media (17%).
Para Marília Duque, líder do Lab Nova Longevidade, o setor público tem se aproximado tanto do setor privado quanto dos empreendedores sociais, com o objetivo de assimilar conhecimentos de ponta e também relacionados à inovação. Como exemplo do que tem sido articulado nesse contexto, ela cita uma ação da Coordenadoria de Cidadania da Inspetoria Geral de Justiça do Estado do Tocantins, que mapeou as redes de cuidado, atenção e proteção aos idosos, distribuídas nos 139 municípios do estado.
Houve também um esforço para traçar um panorama da violência cometida contra idosos na unidade federativa. “O mapeamento indicou um enorme potencial de colaboração entre o setor público, organizações da sociedade civil, setor privado e academia”, destaca.
Um dos hábitos que, na contemporaneidade, pode determinar a integração ou o isolamento de um idoso na sua comunidade é a utilização da internet, através de diversos meios.
“No mapeamento, a questão da inclusão digital e da alfabetização aparece como condição para a aprendizagem ao longo da vida, que está diretamente relacionada à possibilidade de requalificação profissional e permanência no mercado de trabalho, além de trazer benefícios em termos de saúde, sociabilidade e propósito. Além disso, o nível de competências digitais dos utilizadores idosos surge como um gargalo para a escala de impacto das soluções que utilizam tecnologia”, afirma o dirigente.
“No futuro seremos, de facto, todos nativos digitais”, aponta Marília, afirmando que, até lá, é necessário fazer “esforços para não deixar a população idosa à deriva”. “Neste sentido, foi também destacada a necessidade de criar ambientes de aprendizagem pensados para pessoas idosas”.
Paralelamente ao mapeamento, foram listados 13 nomes que dominam o assunto, em suas diferentes dimensões e entrevistados 17 especialistas e líderes de diversos setores que se destacam por sua contribuição para o ecossistema da longevidade no Brasil. A versão completa da pesquisa pode ser vista em site www.labnovalongevidade.org.
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