No acumulado de 12 meses, índice ficou em 2,2%, após atingir 2,5% no mês anterior
O dólar fechou em queda de 0,15% nesta sexta-feira (27), a R$ 5,436, tendo como pano de fundo dados de inflação dos Estados Unidos e medidas de estímulo econômico anunciadas na China.
A moeda enfrentou uma sessão de desvalorização global, caindo face a uma série de moedas de mercados emergentes, como o rand sul-africano e o peso chileno. No índice DXY, que mede a força do dólar em relação a uma cesta de outras moedas fortes, a queda foi de 0,13%, para 100,39.
No Brasil, porém, dados internos e temores sobre a estabilidade das contas públicas impediram que as perdas em relação ao real fossem maiores.
A Bolsa, que passou grande parte do pregão oscilando entre sinais, caiu 0,21%, aos 132.730 pontos, com pressão das curvas futuras de juros.
Indicador de inflação mais monitorado pelo Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA), o PCE aumentou 0,1% em agosto – uma desaceleração em relação ao resultado de julho, de 0,2%.
No acumulado de 12 meses, o índice ficou em 2,2%, após atingir 2,5% no mês anterior. No núcleo do PCE, que exclui os componentes voláteis de alimentação e energia, o aumento foi de 0,1%, ante projeção de 0,2%.
O BC americano trabalha com duplo mandato, ou seja, analisa atentamente os dados da inflação e do mercado de trabalho para decidir sobre os juros. Embora as taxas de inflação tenham mostrado uma convergência gradual para a meta anual de 2%, os números do emprego abrandaram a cada nova leitura e até levaram a receios de que a economia se encaminhasse para uma recessão.
Na quarta-feira da semana passada, a autoridade norte-americana fez o primeiro corte nas taxas de juro em mais de quatro anos, com uma redução de 0,50 pontos percentuais. A taxa está agora na faixa de 4,75% e 5% – e a expectativa do mercado é de que o ciclo de alívio seja sustentado nas próximas reuniões.
“O comité ganhou maior confiança de que a inflação está a evoluir de forma sustentável para [meta de] 2% e considera que os riscos para atingir as metas de emprego e de inflação estão aproximadamente equilibrados”, afirmaram os diretores do Fed no comunicado de decisão.
O ritmo dos próximos cortes, porém, depende dos números da economia americana. “Não há nada que sugira pressa”, disse Jerome Powell, presidente do Fed, em conferência de imprensa, referindo-se à velocidade e intensidade das reduções.
Com o PCE de agosto, as apostas em uma flexibilização maior de 0,50 ponto passaram a reunir 52,1% dos operadores na ferramenta CME Fed Watch. Aqueles com corte menor, de 0,25 ponto, respondem pelos 47,9% restantes.
O dólar normalmente se desvaloriza à medida que as taxas de juros nos Estados Unidos caem, à medida que o rendimento dos ativos vinculados à renda fixa americana se desvaloriza. Isto leva os operadores a investimentos de maior risco, como moedas emergentes e mercados de ações, devido à possibilidade de maior rentabilidade.
O pacote de estímulo anunciado pela China esta semana também impulsionou a desvalorização do dólar globalmente.
Nesta sexta-feira, o Banco Central da China reduziu em 0,50 ponto percentual a taxa de compulsório dos bancos, o que deve liberar 1 trilhão de yuans (R$ 775,94 bilhões) em liquidez para o sistema bancário.
A medida segue na esteira de outros anúncios feitos pelo governo e pela autoridade monetária nos últimos dias. Na quinta-feira, o Partido Comunista Chinês prometeu “gastar o que for necessário” para que o país cumpra a promessa de terminar o ano com um PIB (Produto Interno Bruto) de 5%.
Na terça-feira foi divulgado o pacote de estímulo à economia mais agressivo desde o início da pandemia de Covid-19 em 2020, divulgado na terça-feira.
Desde o início dos anúncios, os mercados globais registaram ganhos devido às expectativas de maior procura de commodities por parte da China, o país que mais importa matérias-primas no mundo.
O efeito do estímulo chinês foi mais evidente nos mercados emergentes, cujas moedas dependem diretamente do desempenho dos preços das matérias-primas. Como resultado, o dólar caiu em relação ao peso mexicano, ao peso chileno e ao rand sul-africano.
O real, porém, teve dificuldade em acompanhar a força de outras moedas no exterior. Aqui, o mercado voltou a aumentar os prémios de risco para o país, em meio a sinais de aceleração da inflação e preocupações com as contas públicas.
O IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), conhecido como “inflação de aluguéis”, acelerou para 0,62% em setembro, após ter avançado 0,29% no mês anterior, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas).
Os analistas esperavam que o aumento fosse de 0,47%. Com isso, o acumulado em 12 meses atingiu 4,53%.
Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego brasileira continuou em trajetória descendente e caiu para 6,6% no trimestre encerrado em agosto, mostrou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Analistas consultados pela agência Bloomberg esperavam que o valor fosse de 6,7%.
“Os dados mostram que a economia brasileira está esquentando e, ao mesmo tempo, teremos mais pressão sobre a inflação. Será inevitável que o Banco Central aumente os juros”, avalia João Kepler, CEO do Equity Fund Group .
A bateria de divulgações chegou num momento de renovadas preocupações do mercado relativamente ao compromisso do governo em ajustar as contas públicas.
A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou na quinta-feira que a atual política fiscal do Brasil e seus efeitos não acompanham o forte desempenho da economia nacional e que os desafios para o governo federal deverão persistir e crescer no próximo ano.
“Ainda vejo muita cautela com o cenário fiscal e isso está claramente limitando a recuperação dos nossos ativos locais”, afirma Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.
Em evento nesta sexta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, condicionou juros mais baixos à política fiscal.
“Em todos os momentos da história recente do Brasil, poder baixar os juros e conviver com juros mais baixos está associado a um choque fiscal positivo. Não há harmonia monetária sem harmonia fiscal. Isso é importante”, disse ele, durante a Primavera de 1618. Encontro de Investimentos, em São Paulo.
Em resposta, as curvas futuras de taxas de juros aceleraram sua ascensão e limitaram os ganhos do Ibovespa.
*Informações da Folhapress
como pedir empréstimo no bradesco
0800 itau financiamentos
inss liga para confirmar dados
empréstimos manaus
até quanto um aposentado pode pegar de empréstimo
emprestimo funcionario publico
solicitar emprestimo bolsa familia