Influenciada pela limitação rotativa em vigor desde o início do ano, a taxa média de juros dos cartões de crédito rotativo caiu 5,3 pontos percentuais para as famílias, passando de 432,2% ao ano em julho para 426,9% ao ano em agosto deste ano. Em 12 meses, os juros caíram 18,6 pontos percentuais. Os dados constam das Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas nesta sexta-feira (27) pelo Banco Central (BC).
O crédito rotativo tem duração de 30 dias e é aquele contratado pelo consumidor quando ele paga menos que o valor total da fatura do cartão. Ou seja, você contrai um empréstimo e passa a pagar juros sobre o valor que não conseguiu pagar.
A modalidade possui as maiores taxas do mercado. Em janeiro deste ano, entrou em vigor a lei que limita os juros rotativos a 100% do valor da dívida, mas a medida não afeta a taxa de juros acordada no momento da concessão do crédito. Como se aplica apenas a novos financiamentos, o impacto no cálculo estatístico é retardado ao longo dos meses.
Após 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida do cartão de crédito. No caso do cartão parcelado, os juros subiram 4 pontos percentuais no mês, para 182% ao ano. Em 12 meses, porém, a taxa acumula queda de 12,6 pontos percentuais.
Verificação especial
Nas verificações especiais o cenário é diferente. Em agosto, a taxa média da modalidade foi de 134,3% ao ano, com aumento de 2,7 pontos percentuais no mês e de 2,4 pontos em 12 meses.
Desde 2020, a modalidade limita os juros a 8% ao mês (151,82% ao ano), mas o fim da queda da taxa Selic (juros básicos da economia) e o aumento da inadimplência se refletem na alta dos juros médios taxas do cheque especial.
Indivíduos
Mesmo com o aumento de algumas modalidades, a taxa média de juros do crédito a pessoas físicas com recursos livres atingiu 51,9% ao ano em agosto, acumulando queda de 0,2 ponto percentual no mês e de 5,9 pontos percentuais em 12 meses. O número considera apenas créditos com recursos livres, excluindo créditos com juros subsidiados concedidos por bancos oficiais ou créditos direcionados, como os concedidos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ou de cadernetas de poupança.
O resultado do crédito gratuito às famílias em agosto também foi impactado pela queda mensal de 3,8 pontos percentuais nas operações de crédito pessoal não realizadas, para 95,4% ao ano. Em 12 meses, porém, a taxa média sobe 2,8 pontos percentuais.
A taxa média das pessoas físicas deverá subir nos próximos meses, com o recente aumento da Taxa Selic (juros básicos da economia) de 10,5% para 10,75% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco. Central. Os dados de setembro só serão divulgados no final de outubro.
Empresas
Nas operações com empresas, a taxa média manteve-se estável em 21,1% ao ano. Em 12 meses, os juros acumulam queda de 1,5 ponto percentual. Contribuíram, basicamente, para esse resultado os aumentos mensais nas taxas médias dos cheques especiais (2,6 pontos percentuais), do capital de giro com prazo superior a 365 dias (0,2 pontos percentuais) e das parcelas do cartão de crédito (4,9 pontos percentuais). pontos percentuais).
Por outro lado, houve queda de 32,1 pontos percentuais nos cartões de crédito rotativos, 3,4 pontos no teto rotativo do capital de giro e 0,3 pontos percentuais nos descontos em faturas e recebíveis.
Taxas médias
No total do crédito com recursos livres, considerando pessoas físicas e jurídicas, a taxa média de juros manteve-se estável em 39,8% ao ano em agosto. O indicador acumula queda de 0,6 ponto percentual em 2024 e de 0,5 ponto em 12 meses.
No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. No crédito direcionado, as regras são definidas pelo governo e destinam-se basicamente aos setores habitacional, rural, infraestrutura e microcrédito.
No caso do crédito direcionado, a taxa média para pessoa física era de 10% ao ano em agosto, caindo 0,2 ponto percentual em um mês e 1 ponto em 12 meses. Para as empresas, a taxa subiu 0,6 ponto percentual no mês e 1,3 ponto percentual em 12 meses, para 12% ao ano. No total, a taxa média de crédito direcionada permaneceu estável em 10,5% ao ano em agosto, com queda de 0,4 ponto percentual em 12 meses.
Padrão
Segundo o Banco Central, os índices de inadimplência – considerados atrasos superiores a 90 dias – permaneceram estáveis por muito tempo, com pequenas oscilações e registraram 3,2% em agosto. Nas operações para pessoas físicas é de 3,8% e, para pessoas jurídicas, de 2,4%.
O endividamento das famílias – relação entre o saldo devedor e o rendimento acumulado em 12 meses – ficou em 47,9% em julho, aumento de 0,2 ponto percentual no mês e queda de 0,2 ponto em 12 meses. Excluindo o financiamento imobiliário, que compromete parte considerável das receitas, o endividamento ficou em 30% em julho.
O compromisso de rendimento – relação entre o valor médio para pagamento de dívidas e o rendimento médio apurado no período – foi de 26,6% em julho, aumento de 0,4 ponto percentual no mês e queda de 0,9 ponto em 12 meses.
Os dois últimos indicadores são apresentados com maior defasagem em relação ao mês de publicação, pois o Banco Central utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
consultar contrato de emprestimo bradesco
simulador de empréstimo itau
emprestimo whatsapp
dinheiro urgente agora
idade máxima para empréstimo consignado
consignação debito com inss
limite para emprestimo consignado
emprestimo empresa privada