Postagens nas redes sociais afirmam que foi decretado um “lockdown climático”, porém, o decreto de emergência climática não prevê nenhuma medida de isolamento social
Prove Explique
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), declarou emergência climática em todo o estado devido à seca e aos incêndios florestais. O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) reconheceu a condição em 13 dos 144 municípios do Pará. Desde então, têm circulado nas redes sociais vídeos mencionando um suposto “lockdown climático”, promovendo a ideia de que os governos estariam a utilizar os fenómenos das alterações climáticas como justificação para impor restrições e controlar as pessoas. No entanto, uma situação de emergência não é um bloqueio.
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), declarou emergência climática em todo o estado devido à seca e aos incêndios florestais. O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) reconheceu a condição em 13 dos 144 municípios do Pará. Desde então, têm circulado nas redes sociais vídeos mencionando um suposto “lockdown climático”, promovendo a ideia de que os governos estariam a utilizar os fenómenos das alterações climáticas como justificação para impor restrições e controlar as pessoas. No entanto, uma situação de emergência não é um bloqueio.
Conteúdo analisado: Tweets e vídeos que mencionam o decreto do governador Helder Barbalho em 17 de setembro, que estabelece situação de emergência climática no estado do Pará. O conteúdo afirma que a medida seria uma forma de impor um “lockdown climático”, com restrições a diversas liberdades individuais.
Prove Explique: O governo do Pará não implementará um “lockdown climático”. O termo, usado para se referir à ideia de que governos e membros de uma “elite globalista” estariam usando – e até produzindo – os fenômenos das mudanças climáticas como justificativa para restringir e controlar a liberdade das pessoas, foi mencionado nas redes sociais após o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), declarou emergência climática em todo o estado.
A seguir, a seção Proprova Explica apresenta os principais pontos sobre o tema.
O que o decreto realmente diz?
O Decreto nº 4.192emitida no dia 17 e publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 19 de setembro, trata da declaração de Emergência Estadual Nível II em todo o estado, em razão da grave seca e dos incêndios florestais que atingiram o Pará – o rio Tapajós, por exemplo, atingiu 1,15 metros na segunda-feira (23)o que levou a Agência Nacional de Águas a declarar pela primeira vez uma escassez crítica de água.
O documento é baseado em critérios dos decretos de Nº 260 e 3646 do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR).
A medida autoriza a Defesa Civil a, em caso de risco iminente – proximidade de incêndio da casa de moradores, por exemplo –, entrar nas residências para prestar atendimento ou ordenar a evacuação. Em caso de perigo público iminente, a Defesa Civil também poderá utilizar imóveis privados – e os proprietários poderão ser indenizados em caso de danos.
Também está prevista a instauração de processos de desapropriação, de acordo com a legislação federal, e a dispensa de licitação para aquisição de itens para atendimento à situação emergencial.
O que é “bloqueio climático”?
“Lockdown climático” é um termo cunhado por negacionistas para se referir à narrativa que os governos e a “elite globalista”, termo relacionado a uma teoria da conspiração segundo a qual existe um movimento para implementar um governo global e totalitário no mundo. , estaria a produzir e a utilizar os fenómenos das alterações climáticas como justificação para restringir e controlar a liberdade das pessoas.
O decreto do governo do Pará não prevê nenhuma medida de isolamento social, quarentena ou distanciamento social que possa ser interpretado como lockdown – termo em inglês que se refere ao isolamento ou restrição de acesso imposto como medida de segurança, como foi o caso durante a pandemia de covid-19. 19 pandemia.
Esta não é a primeira vez que a ideia de “lockdown climático” surge nas redes sociais brasileiras. Em maio deste ano, durante as fortes enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, o Agência Lupa divulgou compilação de cheques sobre múltiplas publicações alarmistas que falavam de “chuva artificial”, que teria sido “fabricada em laboratórios” com o objetivo de estabelecer uma nova ordem mundial. O “bloqueio climático” seria um dos próximos passos desta conspiração, segundo os posts.
Vale destacar: em março de 2020, logo após o início da pandemia, a advogada Sara Hayat publicou um artigo na revista Dawn com o título “Lockdown climático?” (“Climate Lockdown?”, em tradução livre), em que discute os efeitos que o isolamento social tem causado ao meio ambiente, como a redução das emissões de dióxido de carbono.
Apesar de utilizar o termo no título, o autor não o define como uma ideia, e não o menciona mais uma vez no artigo.
Emergência climática
Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), organização independente e apartidária que tem como objetivo fortalecer a autonomia dos municípios, mostrou que, de janeiro a 16 de setembro deste ano, 538 municípios brasileiros declararam situação de emergência devido a incêndios florestais. O número é 2.239% superior ao registrado em 2023, ano em que 23 municípios declararam situação de emergência.
Segundo o estudo, a estimativa é que 11,2 milhões de pessoas já foram diretamente afetadas pelas queimadas em 2024. O prejuízo econômico foi estimado em R$ 1,1 bilhão.
Quanto aos decretos emergenciais por estiagem e estiagem, o levantamento diz que o Brasil teve 9,3 milhões de pessoas afetadas, e mais de R$ 43 bilhões em perdas econômicas.
Fontes consultadas: Para explicar as medidas definidas pelo decreto, o Comprova consultou o texto original. A reportagem também conferiu no artigo da advogada Sara Hayat as portarias do governo federal que determinam os critérios para declaração de situação de emergência e de verificação realizada pela Agência Lupa.
Por que o Comprova explicou esse problema: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagens sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições. Ao detectar algum tema nesse monitoramento que esteja gerando muitas dúvidas e desinformação, o Comprova Explica. Você também pode sugerir verificações por WhatsApp +55 11 97045-4984.
Para aprofundar: O conteúdo também foi verificado por Para os fatos, Verificação do UOL e Reuters. Recentemente, o Comprova checou outros materiais que divulgavam desinformação sobre fenômenos climáticos baseados em teorias conspiratórias, como a falsa acusação de que o governo federal teria comprado drones para causar incêndios no paíse, na seção Proprova Explica, mostrou qual é a teoria da conspiração da Nova Ordem Mundial.
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