Durante audiência promovida pela Rádio CBN Campo Grande e Correio do Estado na manhã de ontem, a candidata do PT a prefeita da Capital, deputada federal Camila Jara, garantiu que rescindirá unilateralmente o contrato com o Consórcio Guaicurus, responsável pela exploração do transporte público urbano de passageiros sistema no município. “Vou rescindir o contrato, porque não tem validade jurídica, pois ninguém o cumpre. Depois, quero abrir uma nova licitação para impulsionar o transporte público urbano em Campo Grande”, afirmou a candidata, acrescentando que, caso seja eleita, pretende implementar tarifa zero no transporte público. Camila explicou que o transporte público urbano de Campo Grande já é subsidiado pela prefeitura e pelo governo do estado. “Então, algumas pessoas já têm tarifa zero. Este modelo está implementado em 145 cidades e iremos implementá-lo aqui com base num princípio básico. Quando conseguimos garantir às pessoas o direito de viajar, liberamos para que possam investir o dinheiro usado em passagens em outras áreas”, projetou. O petista acrescentou que as economias de todas as cidades que implementaram a tarifa zero conseguiram ter um impacto positivo no Produto Interno Bruto (PIB) local. “Queremos fazer isso com a receita local, contribuindo para aumentá-la gradativamente. Como vamos financiar isso? Através deste subsídio que já é dado. Além disso, em algumas cidades, as multas de trânsito já têm como objetivo subsidiar a tarifa zero. Também utilizarei os recursos de alguns impostos que já são aplicados, redirecionando-os para o transporte público”, esclareceu. QUALIDADE Em relação à qualidade do transporte público, o deputado federal disse que, para isso, o primeiro passo é ter uma empresa comprometida com a excelência do serviço prestado. “Pagar ou não a taxa não garante essa qualidade. Ando de ônibus desde os nove anos e desde então pensei que o transporte público não iria piorar, mas piorou. Com a pandemia [de Covid-19]linhas removidas. E mesmo numa altura em que o transporte público dava lucros exorbitantes, não era bom para a população”, argumentou. Portanto, na avaliação dele, será necessária a criação de uma agência reguladora que realmente funcione e possa garantir que a população possa ter transporte público de qualidade. “Entendemos que não é mais possível fazer isso dentro do contrato que está em vigor. E não adianta falar que vai rever o contrato ou que vai conversar com o consórcio. Mentira, quem está falando isso não entende o contrato, não entende o caos que é o transporte público de Campo Grande e não sabe o quão complexo é o sistema”, destacou. Camila afirmou que esteve dois anos na Câmara Municipal, que os colegas passaram mais dois anos e que só ouviram a mesma litania. “Isso não resolve o transporte público em Campo Grande. Se ninguém cumprir o contrato, não há contrato. Não há razão para continuarmos a insistir neste modelo que não funciona”, reforçou. Ainda nesse sentido, a parlamentar disse que estuda a viabilidade de implantação de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para desafogar o transporte público urbano na Capital. “O VLT é o veículo do futuro para o transporte público, é o meio de transporte que todas as médias e grandes cidades terão que se adaptar para instalar. Campo Grande não pode mais atrasar o debate sobre mobilidade urbana coletiva”, frisou. Ela disse que tem acompanhado diversas polêmicas nesse sentido e que, ao analisar o Plano Diretor da cidade, constatou que desde 1979 alguns eixos de mobilidade nunca haviam sido explorados. “A ideia é que possamos então priorizar o transporte público coletivo. O VLT é uma dessas linhas do nosso planejamento. Já temos um estudo inicial para uma linha que sai do bairro José Abrão, justamente tentando aproveitar essa trilha remanescente. O importante é dizer que vamos iniciar o VLT através do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] Mobilidade e garantir que ela esteja presente nos eixos de mobilidade de Campo Grande”, finalizou. Assine o Correio do Estado
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