O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a reunião que teve com agências de risco em Nova York nesta segunda-feira, 23, e disse estar “curioso” para saber quais critérios eles adotam para avaliar o Brasil.
O chefe do Executivo afirmou que o governo não vai gastar o que não tem e que “aposta” que o país atingirá um crescimento de 3,5% este ano.
“Realizei uma reunião com empresas de rating em Nova Iorque, aquelas empresas que medem o crescimento da nossa economia. Não é habitual um Presidente da República reunir-se com empresas de rating, mas fiquei curioso para saber o seguinte: quais os critérios que adotam para avaliar o Brasil? Com quem conversam?”, disse o petista, em reunião nesta quinta-feira, 26, no Palácio do Planalto. A reunião de hoje contou com a presença da ministra do Planejamento, Simone Tebet, do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e dos governadores Elmano de Freitas (Ceará) e Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul).
O áudio foi disponibilizado após a pauta pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da presidência.
Lula disse que pediu às agências de risco que confiem em quem conversam para avaliar o Brasil: “Se forem só à Faria Lima, se lerem os editoriais dos jornais, se forem ao Banco Central”, disse. “Porque nunca fui questionado por ninguém sobre o Brasil, nem numa pesquisa eleitoral, muito menos numa pesquisa de avaliação político-econômica do Brasil.”
O chefe do Executivo disse então que as agências de risco “têm que ficar atentas” para que o governo esteja cumprindo as promessas que fez desde o início da gestão, como o enquadramento e a reforma tributária. “Não é uma coisa nova”, disse ele.
“As coisas estão desenhadas e agora estamos vendo a economia surpreender não a mim, mas aos analistas famosos, alguns muito pessimistas de que o Brasil cresceria apenas 0,8% no primeiro ano, nós surpreendemos ao crescer 3%, e agora eles disseram que estávamos crescer 1,5%, aposto que chegaremos a 3,5%”, comentou.
Lula destacou mais uma vez que o dinheiro circular é importante para o crescimento da economia do país. “Aqui aprendemos que não gastamos o que não temos. Se tivermos que contrair dívida, tem que ser para algum ativo novo que possa nos dar lucro e aumentar o nosso patrimônio”, declarou.
No seu discurso, o petista disse querer que os bancos sejam os “principais motores” do crescimento económico.
“Com muito crédito, não só para a indústria, mas para as prefeituras e o governo do estado fazerem as obras acontecerem”, disse.
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