Uma das investigadas do esquema conhecido como máfia das creches, Rosângela Crepaldi, mudou sua versão sobre as acusações que fez ao prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Em depoimento ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), nesta terça-feira, ela declarou que “nunca soube ou tive conhecimento de nada irregular ou ilícito envolvendo o candidato à reeleição ou sua família”.
“(Afirmou Crepaldi) Que em relação às informações de RICARDO NUNES, ele afirma que estava em um momento de grande confusão e nervosismo em sua vida (…) e pode ter se enganado nas palavras quando gravou o vídeo falando sobre transferências. Que nunca soube ou tem conhecimento de nada de irregular ou ilícito envolvendo RICARDO NUNES e sua família; que desconhece a participação, envolvimento ou envolvimento direto e/ou indireto de RICARDO NUNES”, diz o comunicado, ao qual a Globo teve acesso.
No mesmo depoimento à Polícia Civil, Rosângela afirma ter sido ameaçada após a divulgação do vídeo em que menciona suposto envolvimento de Nunes em transferências ilegais de recursos. “(Crepaldi) afirmou que quer esclarecer que depois que o vídeo foi divulgado na internet, a vida dela virou um inferno; que ela passou a ser procurada por pessoas envolvidas na investigação e chegou a ser ameaçada”, diz o documento.
Rosângela afirmou ainda que “quer pedir desculpas pelo que disse sobre RICARDO NUNES, deixando claro que nem ele nem pessoas ligadas ou em seu nome abordaram a declarante para modificar o que ela disse no referido vídeo; que decidiu fazer essa retratação para evitar maiores problemas em sua vida.”
Segundo o documento, Rosângela foi intimada a prestar depoimento e, por isso, compareceu novamente à delegacia. Em vídeo divulgado em julho pela Folha de S.Paulo, Rosângela afirma que Nunes foi pessoalmente fechar contrato com ela para que a empresa Francisca Jacqueline Oliveira Braz Eireli prestasse serviços à Associação Amiga da Criança e do Adolescente (Acria) . A ONG administra creches na cidade.
A fornecedora (Francisca) é acusada em investigação da Polícia Federal de emitir notas fiscais frias de serviços não prestados a outros CNPJs, repassando, assim, recursos públicos aos beneficiários. No depoimento em vídeo, ela afirma que os repasses foram feitos para uma conta particular de Nunes e da Nikkey Serviços LTDA, empresa da família do prefeito.
– O processo foi gerenciado por essas pessoas, mas sabíamos que era ele (Nunes), mesmo na hora de formalizar o contrato com a Acria, foi ele quem veio ao meu escritório falar comigo pessoalmente. Agora, os cheques foram enviados e não sabemos o destino de cada cheque, o que fizeram, nem para quem depositaram – relatou no vídeo.
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